Opinião do dono: Peugeot 208 (até 110.000 km)

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Olá, podem me chamar de Evandro, sou farmacêutico, casado, 35 anos, leitor do site faz alguns anos e decidi compartilhar com vocês a experiência que temos como nosso companheiro dos últimos 6 anos, o Peugeot 208 Allure.

A compra

Voltemos então a 2013-2014, quando já estávamos (eu e minha senhora) de saco cheio de nosso carro anterior (Gol G4) e a $ituação aqui em casa deu uma melhorada.

Procurávamos um veículo com ar-condicionado , morávamos em Ribeirão Preto e, quem conhece o interior de SP sabe que as temperaturas são extremamente agradáveis, para um vulcão ativo.

Nosso carro era um 1.0 pelado, apenas com direção hidráulica e preparação para som (porque o rádio “fugiu” em 2011). O veículo estava com 80 mil km, o seguro aumentava todos os anos, o carro vivia dando problemas e possuía diversas características que nos desagradavam, mas, era o que tínhamos para o dia.

Procurávamos um veículo que fosse silencioso, relativamente espaçoso (passaria boa parte do tempo com o condutor e quase tudo mais que restasse com o passageiro à frente, vez ou outra com alguém atrás), econômico, confortável e que não fosse pelado.

Isso foi logo após a entrada da JAC no mercado e, assim, o domínio de carros sem o mínimo de equipamentos de conforto e conveniência estava em seu fim.

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Pelos preços dos 1.0 equipados e dos 1.algumacoisa, decidimos gastar pouca coisa a mais para ter um carro com motor mais forte, porque mesmo o do Gol já nos atendia relativamente bem.

Como ficamos com o carro por 5 ou mais anos, decidimos por um veículo 0 Km, não nos importando tanto com o carro “ser bom de mercado” ou com design arrebatador, e possuíamos também uma carta de crédito de pequeno valor.

Além disso, devido ao maravilhoso trânsito e a educação dos motoristas da cidade, eu exigia ABS e Airbags no carro, o que já descartava boa parte dos usados mais bem quistos na faixa de preço que pretendíamos (leia-se, Honda Fit).

Arrastei então minha senhora para as variadas opções de concessionárias da cidade, exceto pela VW, que nos brindou com uma péssima experiência de atendimento e do veículo, além de não queremos outro Gol, única opção viável para nosso orçamento em 2014, pela questão do seguro e índice de furtos.

Um outro Gol que minha senhora teve antes deste sumiu, num dia que foi deixado na rua. Apesar de o Gol G5 ser bem melhor que o G4 que tínhamos já fazia 5 anos.

Na Chevrolet vimos o Onix, nem chegamos a ser atendidos porque a ergonomia do veículo não passou no “test bunda” e a loja estava cheia.

Na Fiat, fomos olhar o Punto (e combinamos que arrancaríamos o N do logo do nome, caso o comprássemos :D ), ficamos 20 minutos na concessionária vendo os carros e não nos mostramos mais interessantes aos vendedores do que usar redes sociais e tomar café, isso em pelo menos três vezes. Então, descartado.

O JAC J3 Turin interessou, especialmente depois da reestilização, mas havia o resultado do Latin NCap e ele foi descartado. Respeito quem acha isso bobagem, peço então respeito à minha opinião.

Na Ford, eu gostei muito do New Fiesta (o acerto de suspensão dos Ford é marcante), minha senhora gostou um pouco, reclamou da demora do carro responder ao acelerador, o espaço interno traseiro não permitia que nenhum de nós viajasse atrás de nós mesmos, assim como aconteceria com meu pai, mais alto que eu e passageiro ocasional.

Também nos desagradou o painel espartano, os bancos e o preço cobrado pela Ford pela central multimídia, R$ 5.000 pelo que me lembro.

Na Hyundai, gostamos bastante do HB20, me desagradou o acerto da suspensão traseira que dava a sensação de carro solto em curvas e à minha senhora o “ombro” do veículo ser alto, dando uma certa sensação claustrofóbica.

A loja ainda não possuía veículo a pronta entrega e só poderíamos pegar um da cor prata, após 40 dias, sem negociação de nada no pacote, implicitamente foi “tem fila para comprar, você será um a mais”. Ficou na lista.

Na Citroën, os olhos de minha senhora brilharam (e brilham..) pelo C3, gostamos bastante do carro, exceto pelo espaço traseiro diminuto e pelo preço das revisões ser um dos mais altos de nossas opções (algo que não entendo, sendo a mesma mecânica do 208 as revisões eram 20% mais caras). Ainda assim, ficou na lista, quem é casado me entende. :D

Na Honda, o Fit agradou, mas as versões com os equipamentos desejados, comparados aos demais, estava bem mais cara (as versões que cabiam no orçamento não possuíam ABS, que passou a ser obrigatório em 2014).

Na Renault, o Sandero também não passou no “test bunda” para minha senhora, embora no resto fosse muito agradável e uma opção bem interessante. Pelo menos lá fomos atendidos.

Na Toyota, gostamos muito do conjunto do Etios, espaçoso, bom motor e câmbio, bom ajuste de suspensão, manutenção barata e possível robustez, mas pobre em equipamentos, com o painel “balança” que não indicava quase nada e ainda tinha erro de paralaxe, só havia uma opção de cor, não estava barato e os vendedores queriam é vender Corolla para tiozão, não Etios para jovens. Ficou na lista.

Na Nissan, minha senhora gostou muito do March (ela acha o Versa muito grande) que é pequeno, tem direção leve e um motor bem responsivo e forte (ajuda o baixo peso), mas, só havia opção de rádio comum e ainda com preço bem salgado (3 mil), o que o deixou para o final da lista.

Na Peugeot, o 208 nos agradou muito, em todos os aspectos (silencioso, boa resposta do motor, aparentemente econômico, espaço interno razoável, bom acerto de suspensão e calibração da direção, boa ergonomia, bom preço de seguro, bom pacote de equipamentos, bom preço das revisões).

Um senão foi a falta de vidros elétricos traseiros (alterado nos 2014) e a má fama da marca. Este ponto foi mitigado por um amigo ter um 207 com uns 2 anos de uso e ser só elogios ao veículo, além de uma boa sentada e lida de relatos em vários sites, grupos de Facebook e do clubepeugeot (para quem vai um salve!).

Eu havia deixado um Fiesta 1.5 pré reservado, mas, optamos pelo Peugeot, e foi aí que a tia da Ford foi querer negociar.

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Na Peugeot nos foi oferecido um Active Pack, vermelho (preferimos sair do preto/prata/branco), que estava em outra loja, mas por problemas na documentação do nosso carro (a concessionária que nos vendeu esqueceu de dar baixa na documentação após o veículo ser quitado, anos antes, nós não sabíamos disso até tentar vender o carro… ainda teve má vontade da concessionária em resolver o problema que eles causaram), acabamos perdendo o negócio.

Nos ofereceram então um Allure (versão acima da Active Pack, diferencial à época sendo o teto envidraçado) modelo 13/14 (isso foi em março de 2014), com IPVA parcialmente pago e com mesmo preço do Active Pack.

Nós simulamos o seguro (ficava mais barato que o do Gol e praticamente igual o do Active Pack) e fechamos o negócio, acrescentando ainda alarme volumétrico, frisos laterais (a maravilhosa educação dos concidadãos deixou várias marcas nas portas do Gol, que não possuía friso), impermeabilização dos bancos e da pintura.

Isso foi necessário pois morávamos em um condomínio com garagem descoberta/coberta por árvores, as pombas nos amavam tanto que o Gol era chamado de Cascão ou leopardo. A pintura foi derretida em algumas partes pela contribuição das pombas após alguns meses.

Apesar do calor da cidade, optamos por não ter insulfilm para melhor visibilidade e segurança, repudiamos engate, não vemos sentido em trocar as rodas e nem em mexer no sistema de som, que é bem bacana.

O carro me foi entregue com uma das borrachas de canto entre o capô e a parede corta fogo rasgada e a borracha traseira do teto mal encaixada, começamos bem.

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Os problemas

Bem, de tudo que vi ser discutido no grupo do Facebook e no Clube Peugeot, meu carro teve quase* todos os problemas que todos relataram: barulho no teto por folga da tampa, rangido ao passar em lombadas por problema do cabo do freio de mão, quebra da mangueira do limpador traseiro após um tempo de uso, bateria que morre entre 1 e 1,5 ano de uso (a segunda morreu quase ao 100 mil Km), rangido na caixa de direção.

*Só não teve o derretimento dos faróis por causa das luzes diurnas. Bem, teve, vi isso aos 99.500 Km quando queimou um farol.

De extras, meu carro teve um rangido infernal oriundo do banco traseiro (que demoramos a saber de onde vinha e a concessionária demorou a arrumar, porque sempre ia um camarada sentado lá no teste, e aí não fazia barulho).

Teve também vários pequenos ruídos internos (carro silencioso tem seu porém), o líquido de arrefecimento que se oxidou aos 20 mil Km (e a concessionária disse que todo Peugeot é assim, uma mentira) e troca do carpete por defeito no corte da peça (onde fiquei 2 dias sem carro e o serviço ficou pior que o de antes).

Também teve falhas nos freios (uma que o pedal ficava duro, como se o servofreio estivesse sem vácuo e assim o carro não parava, nos pregou uma meia dúzia de sustos pesados, resolvido com a troca das pastilhas aos 9 mil Km).

Outra era um aviso de defeito nos freios, resultado do baixo nível do fluido com algumas rampas íngremes que eu pegava, gerando erro na leitura do sensor, resolvida completando-se o nível do fluido) e uma coisa que quase me fez jogar o carro contra a fachada da loja: os pneus dianteiros foram destruídos aos 7 mil Km, e a concessionária teve a cara de pau de falar que foi mau uso e asfalto irregular.

Bem, eu dirijo em modo econômico, seguindo o fluxo, deixando o carro rolar, usando freio motor e freando pouco (leia-se: como uma idosa esperta). Mesmo que o uso fosse majoritariamente urbano, não era para acabar com as bandas internas dos pneus e em tão pouco tempo, problema claro de alinhamento.

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Precisei acionar a Peugeot, gastar meu tempo indo na autorizada da Pirelli pegar laudos e ainda esperar 15 dias de falta de boa vontade de todos para ter um retorno. Como estava começando a chover, eu troquei os pneus por conta própria, tanto para não levar multa quanto para não sofrer um acidente, porque a banda interna ficou mesmo careca.

Findo o prazo, a Peugeot me liga e diz para levar na Concessionária que eles trocariam os pneus sem custo, e quando eu disse que já os havia trocado, eles disseram que não fazem reembolso, aí eu ameacei entrar no pequenas causas, e o resultado foi que ganhei crédito na loja, o que deu para duas revisões e um punhado de caras de alface toda vez que eu ia lá.

No primeiro ano foram mais de 30 visitas, contando também recalls.

Vale relatar que a concessionária sempre entregava meu carro “mexido” no ajuste de banco, espelhos, rádio e ar condicionado ligado, uma vez vi o camarada pegar meu carro na oficina e trazer para mim, não andou nem 50 metros, e veio com o ac ligado no máximo (não estava calor), rádio alto e em estação de rádio que eu jamais escutaria (não digo para o camarada ficar desconfortável, mas, não precisa fazer isso tudo).

A concessionária, nas últimas vezes, alterou o serviço “leva e traz” para só “leva”, e aí, você que está sem carro que se vire em pagar taxi (em tempos que não havia Uber e o smartphone não era unanimidade). Muito dedicados a perder o cliente.

A última grande raiva que passamos foi com a caixa de direção estalando ao esterçar, aconteceu faltando 3 meses para o término da garantia, e nisso nós havíamos nos mudado para a região de Campinas, então, esperava que a outra loja tivesse atendimento diferente.

Primeiro falaram que era uma regulagem do canhoto (não sei que diabos é isso), não resolveu, carro de volta lá três dias depois, aí disseram que era o terminal de direção, bora pedir peça, esperar peça chegar e levar o carro lá outra vez, ficar os dois dias diferentes sem carro e ter que gastar com Uber.

Não resolveu… carro de volta na concessionária uma semana depois e disseram que era a caixa de direção (que eu já sabia que era o problema, mas, ignoraram, porque quem estava resolvendo isso era minha esposa e vocês sabem como é o preconceito com mulheres e carros), bora pedir peça e esperar o retorno.

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Passados 30 dias, sem previsão, 60 dias, sem previsão, 90 dias, sem previsão, disseram que houve troca do fornecedor e desabastecimento. A paciência acabou e fomos ao Procon, que notificou a empresa, se passaram mais 30 dias e nada da maldita caixa chegar, reclamamos com a fábrica novamente.

O Procon nada pode fazer, a não ser te encaminhar para um advogado ou ao Juizado de Pequenas Causas, o que iríamos fazer, quando a caixa chegou, 5 meses depois… imaginem que alegria seria se fosse um problema que imobilizasse o veículo, para quem só tem um veículo e depende dele.. a sorte é que minha senhora estava desempregada e eu uso fretado.

A última experiência com eles foi após os 100 mil Km, quando vimos que um dos faróis havia queimado e, quando a oficina estava trocando a lâmpada, eu vi que os faróis (na parte cromada) derreteram/formaram bolhas perto dos DRLs (foram aí todos os defeitos que todos tiveram no Clube Peugeot, bingo!).

Levei na concessionária e eles disseram que seria pouco provável trocarem, por estar fora da garantia e por eu não ter feito as revisões na concessionária após o fim da garantia, pois, se tivesse feito, eles trocariam em cortesia.

Tiraram fotos e tal e, depois de uns 20 dias, me ligaram falando que eu podia marcar para trocar os faróis, que a Peugeot ia fazer em garantia. Para isso, precisaram de quase um dia todo (questões de sistema), mas, trocaram, e trocaram até as lâmpadas (que já estavam incomodando pelas DRLs queimando a cada 4 meses, aparentemente, defeito do farol).

No geral, as duas concessionárias que utilizamos nunca tinham as peças em estoque e não nos prestaram esclarecimentos adequados para os problemas e situações. (eu aceito um “não sei, vou pesquisar” como resposta, mas não topo resposta escorregadia).

Milagrosamente (será?), finda a garantia e eu passando a levar o carro numa oficina perto de casa, o bicho não deu mais um problema.

Os mecânicos particulares, aliás (um de Ribeirão e um daqui) sempre rasgaram elogios ao carro, e eu sempre gastei com ele bem menos (e em intervalos maiores) do que gastava com o Gol, tão famoso por ter manutenção baixa e robustez.

Por fim, a bateria morre sem avisar. A primeira ocorreu com 2,5 anos de uso, a segunda agora pouco depois dos 100 mil Km (coloquei uma de 60 Ah ao invés da de 48 original), foi num posto de gasolina na estrada, parei na bomba para abastecer, desliguei o carro e na hora de sair, nada.

Sorte que consegui uma boa alma para fazer a chupeta e ligar o carro. O camarada ficou insistindo que era alternador, mas eu sabia que era bateria por causa do comportamento. Consegui chegar em casa, sem poder usar ar condicionado e nem farol alto, porque o painel ficava maluco, e troquei a bateria no dia seguinte.

As borrachas das portas também apresentaram rasgos nos últimos meses, não consigo achar em nenhum lugar fora a concessionária, que não consegue passar orçamento das peças (sim, eu sei que dá para usar um serviço de busca de peças, mas não fui atrás)

O uso

Quando morávamos em Ribeirão Preto, eu dirigia o carro a maior parte do tempo e o uso era praticamente urbano, com idas mensais às casas de nossos pais e viagens em feriados.

Agora, em Campinas, o uso é majoritariamente rodoviário e por minha esposa, com ela viajando para São Paulo quase que mensalmente e ainda com viagens para as casas de nossos pais. O carro praticamente passou metade da rodagem em cada cenário.

No uso urbano, a pronta resposta do motor é destaque, conferindo bastante conforto na condução, permite ainda que se rode em marchas altas com frequência, economizando combustível, ajudado pela boa relação das marchas (mas que poderia ter uma sexta mais longa ali e espremer as demais um pouco).

O curso e precisão da alavanca de câmbio poderiam ser melhorados, testei um 208 com o motor 1.2 e senti uma leve piora nisso. O ar condicionado aparentou ser mais forte após a troca da correia de acessórios, antes ele precisava de uns 15-20 minutos em potência máxima e com recirculação para refrescar o habitáculo, agora leva 5-10 minutos.

O acerto de suspensão também é ponto alto, sendo macio sem ser mole e firme sem ser duro, filtrando bem as infinitas irregularidades do asfalto que encontramos. A suspensão também se mantém alinhada mesmo com o pavimento irregular (meus sogros moram em zona rural, o carro nunca desalinhou por isso), o que não acontecia com o Gol.

Os espelhos são de bom tamanho e visibilidade, a coluna A é bem grossa e inclinada, atrapalhando em esquinas, a frente do carro não raspa muito no chão em valetas. O consumo varia entre 8,5 e 9,5 km/l com álcool e 11 a 12 km/l com gasolina.

No uso rodoviário, falta um pouco de fôlego ao motor acima de 4 mil RPM (nada grave e já é esperado), pode-se trafegar nas velocidades máximas das vias brasileiras sem problema nenhum, sendo em algumas subidas mais apertadas e condições de lotação que é necessário reduzir-se para quarta marcha.

O acerto de suspensão mantém o carro estável a 120 km/h, mesmo com vento lateral moderado. O consumo fica entre 12,5 e 13,5 km/l com álcool e 15 a 17,5 km/l com gasolina.

Agrada bastante o acerto da assistência da direção em ambos os cenários, a solução do painel elevado é muito bem executada (exceto pelo friso em black piano e pelos mostradores de nível de combustível e temperatura da água serem digitais e com unidades grandes, que são pouco precisos e se pegar um sol baixo por trás do carro, os torna ilegíveis).

A qualidade do som é boa (mas incomoda a limitação do volume quando o veículo fica sob sol quente, você não consegue escutar o rádio quando liga o ar condicionado em potência máxima por uns minutos), o teto panorâmico é ótimo para entreter crianças, por um tempo, e para uma condução mais agradável à noite, quando se lembra de abrir o forro.

Os faróis iluminam bem (destaque para o sistema “à prova de esquecidos” para acionamento do farol e lanterna de neblina, que alguns fazem questão de utilizar mal) a lanterna de neblina é muito útil em baixa visibilidade (tanto para que te vejam quanto para manterem alguma distância da sua traseira).

O desenho do para-brisa inclinado atrapalha um pouco aos mais altos e não tão flexíveis entrarem e saírem do carro, as portas são grossas, os freios não inspiram muita confiança, apesar de bem modulados (e, lembram das pastilhas? Duraram 91 mil km) e de darem conta do veículo (mas, poderiam ter discos ventilados) os braços dos limpadores de para-brisa serem escondidos pelo capô requerem alguma atenção quando terceiros vão lavar o vidro.

O triângulo de sinalização não ter um nicho em quase todo Peugeot que eu vejo é risível (há espaço na tampa do porta malas para um nicho, como no Polo atual), as alças “pqp” fazem falta, os bancos, apesar das boas dimensões, poderiam ser um pouco mais firmes, ter melhor apoio lombar e não terem um tecido que mancha com tanta facilidade.

Veredito

Apesar dos problemas e dos estresses que passamos com as concessionárias, lembrem-se que são 6 anos com o carro.

O 208 é ótimo, agradável no uso, robusto, tem boa qualidade de construção do acabamento interno, agradável e de manutenção barata.

Pra quem gosta de design, ainda é um carro bonito e bem resolvido por fora e por dentro (por dentro eu diria que é bem à frente de seu tempo), mas, para um carro zero km, já está bem defasado em relação aos concorrentes em diversos aspectos.

Pensamos muito em trocar por outro 208, mas, pela defasagem, o preço atual, a concorrência, o atendimento da Peugeot e à mudança de nossas necessidades, teremos que buscar opções em outras marcas, já que não queremos pagar tão caro num “208tão” que é o 2008, e que também não nos agradou tanto no test drive e especialmente no preço.

Esperamos que a nova geração do 208, que está para chegar, corrija a defasagem em equipamentos e segurança que ele tem para a concorrência, e que venha com preço adequado.

É isso.

Abraço!

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.