Chevrolet Monza – defeitos e problemas

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Carro global da GM, o Chevrolet Monza chegou ao Brasil em 1983 como versão local do Opel Ascona alemão, tendo motor Família II 1.6 e disponível em carroceria hatchback, com o sedã chegando já com motor 1.8 da mesma família.

Tendo sedã de duas ou quatro portas, além do hatch de duas portas, o Chevrolet Monza ganhou ainda motor 2.0, também da mesma família, projetado pela Opel e lançado em 1982.

Com câmbio manual ou automático, o Monza foi um carro que conquistou o consumidor brasileiro assim que virou um sedã, sendo rapidamente abraçado pelo comprador, que o fez se tornar líder nos anos de 1984, 1985 e 1986.

Fabricado em São Caetano do Sul, o Monza era o primeiro Chevrolet com tração dianteira, assim como também de motor transversal, tendo bom espaço interno e porta-malas condizente com a proposta.

Moderno, o Monza chegou a ser equipado com painel digital e teve versões bem apreciáveis, como SL/E e Classic, ganhando atualização que lhe deu o nome de Monza Tubarão e chegando ao fim em 1996.

Sensor MAP e medidor de fluxo de ar

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O Chevrolet Monza tem muitos defeitos e problemas, mas são bem minuciosos e requerem atenção de quem tem ou quer ter o clássico médio da General Motors.

Na parte do motor Família II, a maior dessa série, vários itens falham com certa constância, segundo os donos, entre eles as falhas nos componentes do propulsor.

É comum defeitos em sistemas como no sensor MAP, que controla a pressão no coletor de admissão nos motores com injeção eletrônica, sendo ainda observado entupimento da mangueira do sensor MAP.

Outro componente que falha com alguma frequência é o medidor de fluxo de ar da mistura ar/combustível, mais conhecido como debímetro ou fluxômetro.

Também apresenta falhas no sensor de posição da borboleta, o TPS (Throttle Position Sensor), sendo ainda necessário observar se há sujeira no corpo da borboleta.

O Monza também apresenta defeitos no sensor Hall, sendo esse um módulo de ignição que fica dentro do distribuidor do motor.

A lista de itens que normalmente falham continua, como queima do relé da injeção eletrônica de combustível, que pode ser também um mal contato nos conectores do relê.

Sensor de temperatura e retentores de válvula

O motor GM Família II também pode apresentar oxidação no conector do sensor de temperatura da água, que fica na bomba d’água e é de fácil acesso, porém, sua falha altera o tempo de acionamento do eletro-ventilador. Aliás, é dito ainda que este último tem durabilidade reduzida, necessitando de atenção.

Dentro do motor GM Família II, um problema que consistirá em substituir quatro pequenas peças, tem um enorme orçamento e é um momento triste para quem tem um Monza.

Trata-se de um desgaste prematuro dos retentores de válvula, que permitem assim o ingresso de lubrificante usado no comando de válvulas para as guias de válvulas, chegando assim dentro da câmara de combustão.

Também é verificado defeito no sensor de velocidade, que envia a comunicação para a ECU em motores com injeção eletrônica.

Um problema crônico nos motores GM Famílias I e II é o vazamento na junta da tampa de válvula, um problema de fácil resolução.

No caso de vazamento na tampa seletora de marcha, no câmbio, o problema exige a troca do retentor.

Elétrica e suspensão

O Chevrolet Monza pode ter, entre os defeitos e problemas, falha do contato de ignição, impedindo muitas vezes a partida do motor e colocando o dono em uma situação ruim.

O conjunto de direção, suspensão e freios também não passa batido e já deixou alguns donos de Monza com dor de cabeça.

São verificadas folgas nas buchas das barras de direção, produzindo um movimento incomum da roda dianteira, sendo uma contaminação por lubrificante que agride a borracha, fazendo-a folgar e gerando movimento da barra de direção.

Origem de batidas secas que os proprietários reclamam, as folgas nos coxins com rolamento dos amortecedores dianteiros poderiam demorar mais a aparecer, mas em alguns casos se deu, bem antes do esperado.

O mesmo em relação à folga na caixa de direção, que também traz inúmeros problemas ao dirigir e é alvo de várias reclamações.

Na parte elétrica, defeitos como queima da central eletrônica, das lâmpadas do painel digital e da placa retificadora e regulador de tensão, provocada por falha no alternador, não são raros.

Chevrolet Monza – outros defeitos

O Chevrolet Monza tem ainda alguns defeitos e problemas de projeto, que não agradam os donos e geram mais despesas para sua correção.

Um deles são as falhas de solda da carroceria que, com o passar dos anos, se soltam e causam barulho devido ao atrito entre as chapas de aço.

Outro defeito de projeto é o peso excessivo dos vidros laterais dos modelos com duas portas, sendo eles hatch e sedã, que acaba estragando a máquina do vidro.

Naquela época, carros com duas portas eram comuns e preferência do mercado, com as janelas tendo vidros realmente grandes e pesados.

Outro defeito do Monza é a folga nos faróis, que prejudicam a iluminação e a estética, assim como a vibração do capô.

O Monza apresenta ainda folga na estrutura dos bancos, assim como nas portas e em alguns componentes do motor, não descritos quais seriam estes.

No acabamento, a dilatação das peças plásticas do painel é recorrente, assim como o isolamento ruim no compartimento do estepe, onde também ficam as chave de rodas, macaco e triângulo.

Chevrolet Monza – recall

O Chevrolet Monza teve três chamadas oficiais em seus tempos de venda no mercado nacional e posteriormente, sendo bem conhecidos dos proprietários mais antigos.

Uma das chamadas era para a troca gratuita dos protetores da mangueira do cânister, que vai até o TBI nos motores com injeção eletrônica de combustível.

Também teve chamada para corrigir o sistema de travamento do cinto de segurança, que poderia se desprender com o carro em movimento, colocando motorista e passageiros em risco.

Por fim, a troca dos parafusos de fixação dos cintos de segurança dianteiros, quando equipados com regulador de altura na coluna B, também precisaram de serviço para inspeção e/ou substituição dos mesmos em caso de defeito.

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X