Chevrolet Silverado – Reclamações e Problemas

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Atualmente a RAM vem trazendo picapes padrão norte-americano para o Brasil, mas muito antes disso, a Chevrolet fez o mesmo com a Silverado (ou quase).

Grande, forte e com design importado, foi a aposta da GMC no país, e que até hoje tem seus fãs.

Se você gosta de caminhonetes, provavelmente já se pegou imaginando comprar uma, e por que não a Silverado?

Fizemos o texto de hoje para te ajudar a decidir, nele apontamos os principais problemas e reclamações dela.

Em 1997 a Silverado Chegou oficialmente ao Brasil, trazia design da Silverado dos EUA, porém adaptada para o mercado brasileiro, desde o chassis até a motorização eram completamente diferentes da irmã gringa.

O motor à gasolina era o bom e velho 4.1 de 6 cilindros em linha, que equipou Opala e Ômega, com injeção eletrônica rendia 138 cv e 30 kgfm de torque, e permitia uma aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 13s e velocidade máxima de 160 km/h.

O motor Diesel 4.2 rendia 168 cv e 43 kgfm de torque, com 0 a 100 km/h na casa dos 14s e velocidade máxima de 167 km/h.

Tinha direção hidráulica, conta-giros, travas e vidros elétricos, rádio com toca-fitas e opcionalmente tinha rodas de liga, ABS e ar-condicionado.

Ela é bem forte e tem os itens básicos para o dia-a-dia, mas vamos à parte chata, os principais defeitos e reclamações:

Somente o design foi importado

Infelizmente a semelhança com a Silverado norte-americana ficou limitada ao design, não tivemos oficialmente as versões mais potentes, cabine dupla ou tração 4×4.

Existem unidades V8 à venda, mas foram pouquíssimas trazidas e nunca estiveram no catálogo da Chevrolet no Brasil.

O robusto motor 6 cilindros 250 foi bom, porém seu projeto é muito antigo e já não faz frente aos motores modernos, com baixa potência específica e consumo elevado.

Consumo bem elevado

Na motorização à gasolina, o consumo fica na casa dos 5 km/l na cidade e 8-9 km/l na rodovia, isso sem estar carregada.

Na versão 4.2 à Diesel a coisa melhora um pouco, chegando aos 8 km/l na cidade e 10 km/l na rodovia.

Não teve versão 4×4

Dependendo do uso e das estradas que pretende rodar, infelizmente ela pode não ser uma boa opção, pois carece de versão 4×4.

Iluminação fraca dos faróis

Um dos grandes atrativos dela são justamente os faróis, que são bem bonitos, porém não cumprem bem sua função: iluminar.

A iluminação promovida pelos faróis à noite é insuficiente.

Menos robusta que as concorrentes

O mercado não aceitou muito bem a Silverado como picape de trabalho, ficando mais como uma picape de bom desempenho e bonita, e isso se deu em grande parte por quebras recorrentes de algumas unidades.

Não que ela seja ruim, porém as picapes da Ford dessa época foram preferidas no quesito valentia e robustez para trabalho.

Pivôs da suspensão se quebram facilmente

Já falamos sobre eles recentemente no nosso post sobre os defeitos da Caravan, e esse parece ser um calcanhar de Aquiles da montadora nesse período.

Fique sempre de olho nos pivôs da suspensão, que se desgastam e podem romper, trazendo risco de acidentes.

Painel é muito frágil

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O painel quebra com muita facilidade e chega até se desprender e cair, sendo raro uma unidade com ele intacto.

Se ele estiver em perfeitas condições, desconfie, provavelmente foi restaurado, e nesse caso, olhe com atenção para a qualidade do serviço executado.

Além do painel, todas as peças plásticas são um tanto quanto frágeis e algumas são difíceis de achar, então muita atenção na hora da compra.

Peças de reposição ruins

Esse é um problema que vêm afetando diversos modelos, mas no caso da Silverado é um pouco pior, as peças de reposição estão com péssima qualidade e baixa durabilidade.

Junte isso ao fato de já não ser tão fácil encontrar peças genuínas, e tenha então diversas unidades com peças fracas, que não aguentam muito e vivem parando para reparos “simples”.

Conclusão

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A Silverado é um picape muito bonita e com um desempenho aceitável até os dias de hoje, diferente de muitas que envelheceram muito mal.

Infelizmente ela já não tinha fama muito boa no quesito trabalho quando era nova, atualmente com a escassez e baixa qualidade das peças de reposição isso só piorou.

Ela é indicada para uso mais urbano e sem muita carga, para pessoas que gostam do design e do desempenho e não se importam muito em pagar um pouco mais caro em peças e ter visitas mais frequentes ao mecânico.

No mais atenção aos já citados pivôs e painéis, pois são problemas crônicos do modelo.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.