O Cruze Midnight 2022 é a melhor versão do sedã?

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A última novidade entre os sedãs no mercado brasileiro foi o Cruze Midnight, lançado pela Chevrolet em janeiro desse ano. Mas será que essa é a melhor versão da gama?

Antes de mais nada, é preciso dizer que essa dúvida aparece na mente de um número cada vez menor de brasileiros. Aliás, não só em relação ao Cruze, mas pensando em qualquer outro sedã médio disponível por aqui.

Ainda que nosso mercado tenha diversas opções com essa carroceria, infelizmente esse segmento está morrendo. Aliás, provavelmente esse também será o destino do próprio Cruze, que está saindo de diversos mercados ao redor do mundo e logo poderá dar seu adeus aos brasileiros.

O motivo você já sabe: a preferência pelos SUVs. Esses modelos conquistam cada vez mais pessoas por sua praticidade ou simplesmente por serem a única opção em diversas faixas de preço. Por outro lado, alguns ainda resistem em sua preferência pelos sedãs médios e talvez tenham ficado interessados por essa novidade em nosso mercado.

Afinal, o Cruze Midnight é uma boa opção para sua garagem? Será que essa versão tem o melhor custo-benefício?

Confira: Cruze 2022, Cruze Premier: Impressões ao dirigir e conectar

Conhecendo o Cruze Midnight

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Nossa avaliação do Cruze Midnight não trouxe tantas surpresas, afinal todos já conhecem o sedã da Chevrolet. Essa é a quarta configuração do modelo, ficando acima da básica LT e abaixo das mais equipadas LTZ e Premier.

Veja também: Cruze RS e Midnight chegam ao mercado nacional

Seu posicionamento já deixa claro que não estamos falando de uma versão recheada de equipamentos, mas sim do Cruze LT com uma roupagem diferente e um visual escurecido. Mesmo assim, ele tem algumas novidades.

Por fora, ele apresenta a gravata da marca com fundo preto, moldura em cromo escurecido na divisão das duas entradas de ar, faróis com máscara negra e luz de condução diurna em LED e o logo da versão na parte inferior da porta dianteira.

Como novidades, o Cruze Midnight trouxe rodas de 17 polegadas diamantadas em dois tons e mais opções de cor para a carroceria. Além do convencional preto Ouro Negro, ele também está disponível em Azul Eclipse e Cinza Satin Steel.

Ao entrar no sedã, você continua vendo um acabamento escurecido por todos os lados, até mesmo no teto. O acabamento é soft touch em partes das portas e no painel, mas o resto é em plástico (bem encaixado e sem rebarbas).

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Mesmo sendo um modelo conhecido e testado por nossa equipe, é claro que não podemos deixar de lado nossas impressões com o Cruze Midnight. Para isso, rodamos bastante na cidade e em algumas viagens.

Esse período com o carro deixou claro que sua proposta é mais esportiva do que alguns concorrentes, o que aparece especialmente quando o motor 1.4 turbo de 153 cavalos e 24,5 kgfm é exigido. Além disso, o casamento com o câmbio automático de seis marchas é outro ponto positivo.

Ainda que a unidade testada fosse praticamente zero km e estivesse com o motor um pouco “amarrado”, o modelo cedido pela marca não tinha qualquer dificuldade em arrancadas ou ultrapassagens. Isso dá mais segurança ao rodar por estradas de pista simples.

E o que dizer do consumo? Abastecido com gasolina, o Cruze Midnight ficou entre 14 e 15 km/l com dois ocupantes e porta-malas totalmente carregado. Já com etanol, esse número caiu para 10,2 km/l, o que fica um pouco abaixo do divulgado pela marca.

Cruze Midnight x outras versões

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Por ser um modelo conhecido do público e ter apenas novidades estéticas, surgiu a ideia de compararmos o Cruze Midnight com as outras versões do próprio sedã para entender se essa é a melhor opção da gama.

O que contribui para essa dúvida é que o Cruze é bem equipado em todas as versões, apresentando itens de série que talvez já sejam suficientes para muitos clientes que não queiram gastar tanto pelas configurações mais caras.

A versão de entrada LT tem um pacote muito parecido com a Midnight, vindo com seis airbags, alerta de pressão dos pneus, controle de tração e estabilidade, faróis e lanterna de neblina, sensor de estacionamento, assistente de partida em rampas e câmera de ré.

Vem ainda com ar-condicionado, piloto automático, direção elétrica progressiva, volante multifuncional com revestimento premium, bancos em couro, MyLink de 7 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, OnStar, entre outros.

Os itens adicionais da versão Midnight, que custa R$ 3.690 a mais que a LT, incluem o acabamento diferenciado e escurecido, as rodas exclusivas (mas de mesmo tamanho) e a chave eletrônica, que permite abrir as portas e ligar o carro com mais facilidade. E mais nada.

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Pulando para o Cruze LTZ, ele adiciona sensor de estacionamento dianteiro, sensor crepuscular, câmera de ré de alta resolução, computador de bordo colorido, espelhos retrovisores aquecidos com rebatimento elétrico, espelho interno eletrocrômico, sensor de chuva, partida remota (com acionamento do A/C) e MyLink de 8 polegadas.

Isso nos faz pensar que o Cruze Midnight (que já custa quase R$ 140 mil) deveria ter alguns desses itens, mas infelizmente não tem. Além disso, a versão LTZ custa R$ 11.940 a mais, uma diferença bastante significativa.

Finalmente, temos a opção topo de linha Premier, cujo preço de tabela está R$ 24.440 acima da Midnight. Se você ficou assustado com essa diferença, saiba que a tendência é vê-la aumentar ainda mais no futuro, pois essa opção é a arma da Chevrolet para tentar roubar clientes de sedãs mais luxuosos.

Para isso, o Cruze mais caro agrega alerta de colisão frontal, alerta de detecção de pedestre, alerta de ponto cego, sistema de permanência na faixa, farol alto adaptativo, frenagem automática de emergência, carregador wireless, estacionamento automático, banco do motorista com ajustes elétricos e acabamento interno em preto e castanho.

Ou seja, apenas o Cruze Premier tem um pacote que realmente chama atenção, mas ele é muito caro. Aliás, a versão de entrada já começa acima do que deveria, o que faz a topo de linha custar o mesmo que sedãs premium até alguns anos atrás.

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Conclusão

A avaliação do Cruze Midnight mostrou que ele continua com as boas qualidades que o sedã sempre teve, especialmente quando falamos sobre seu conjunto mecânico. Fora isso, não espere nada diferente.

Mesmo sendo uma novidade em nosso mercado (um fator que atrai uma parcela dos compradores), essa versão agrega muito pouco em relação à LT. Sendo puramente racional, você verá que a versão de entrada é suficiente.

Já em relação às configurações LTZ e Premier, a diferença nos valores precisa ser analisada com calma. É verdade que são pacotes mais chamativos, mas cada uma delas exige um salto de quase R$ 12 mil em relação à anterior.

Ou seja, o problema aqui é o mesmo que vemos em todos os outros segmentos: o que pagamos pelos carros no Brasil não condiz com o produto que recebemos. E o pior é que nada pode ser feito em relação a isso se você faz questão de ter um carro 0km na garagem.

Além disso, dá pra ver que a Chevrolet não vê muito futuro no segmento de sedãs médios, pois faz tempo que o Cruze trouxe suas últimas novidades relevantes. Enquanto isso, os SUVs continuam recebendo mais atenção, tornando-se mais chamativos para muitos compradores.

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Autor: Viny Furlani

Trabalha no segmento automotivo há mais de 18 anos. Desde 2009 trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escrevendo avaliações e notícias sobre carros, totalizando mais de 2.000 artigos.