Mitsubishi L200 – Defeitos com freio ABS, sistema 4×4 e pastilhas de freio

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A Mitsubishi L200 é uma picape de fabricação nacional que está no mercado brasileiro desde os anos 90.

O modelo virou um sucesso por aqui e chegou a ter versão de competição vendida diretamente ao cliente, entre outras coisas. Entretanto, como qualquer produto, ela não escapa de críticas e reclamações de seus donos. Assim, tem muitos defeitos e problemas?

A Mitsubishi L200 está em sua quinta geração, sendo que quatro delas foram feitas aqui no Brasil, onde a marca tem fábrica – do grupo HPE – em Catalão-GO. Equipada com motor diesel 2.4 de 190 cavalos e 43,9 kgfm, a picape média japonesa teve na geração anterior, um motor 3.2 diesel de 180 cavalos e 38 kgfm.

Além disso, essa geração que inaugurou a chamada linha “J”, um corte na cabine da Mitsubishi L200, que marcou também o atual modelo, teve uma versão flex com 2.4 com 138/142 cavalos e 21/22 kgfm, bem como V6 3.5 de 200 cavalos na gasolina e 205 cavalos no etanol, que tinha 31,5/33,5 kgfm.

O modelo tem ainda transmissão automática de quatro ou cinco marchas nessas duas gerações.

Assim, nesta matéria, falaremos dos defeitos e problemas da Mitsubishi L200 dessas duas fases do produto no Brasil, onde os donos reclamam de uma variedade de coisas, mas basicamente falam que pastilhas de freio e amortecedores não duram, assim como suspensão dura demais, posição de dirigir ruim, consumo alto e luzes de ABS e 4×4 que se mantém acesas, entre outros.

Luzes de alerta de freio ABS e 4×4

L200 Triton Outdoor MT 1 1

A Mitsubishi L200 não apresenta muitos defeitos e problemas crônicos recorrentes, que tenham sido reportados pelos proprietários.

O modelo apresenta uma variedade de ocorrências no geral, mas poucos são aqueles que se repetem nos depoimentos registrados na internet.

Os mais comumente relatados são as luzes de alerta de freios ABS e 4×4. Nesses casos, alguns relatos falam de freios com sistema ABS tendo alerta de mau funcionamento ativado, sendo que um deles apontou defeito no bloqueio do diferencial.

Outro cliente disse que foi o sensor do ABS da roda direita traseira que apresentou defeito. Em mais um caso, o proprietário da Mitsubishi L200 Triton apontou que o defeito estava nos cabos que alimentam o sistema ABS e as mudanças de tração.

Assim, o veículo apresentou dificuldade em frenagens e impedimento de mudança de tração até ser reparado na rede autorizada.

Alguns donos de L200 Triton apontaram também a luz do 4×4 acesa, mas não detalharam se o mesmo foi um defeito elétrico ou se realmente o sistema de tração nas quatro rodas estava de fato avariado.

Pastilhas de freio

Mitsubishi L200 Savana Off

Alguns clientes da Mitsubishi reclamam que, entre defeitos e problemas da L200, a durabilidade de alguns componentes é muito ruim.

As pastilhas de freio são bem criticadas, sendo que um dos relatos falam de pouca durabilidade, sendo obrigados a troca-las em baixa quilometragem. Elas duram pouco, em média 20.000 km, de acordo com os relatos.

No caso dos amortecedores, um dono de L200 diz que teve de trocar os dois dianteiros na revisão de 10.000 km, sendo que nem usa a picape para carregar peso e evita passar em ruas muito ruins. Outro proprietário acusou a troca dos batentes hidráulicos da suspensão aos 30.000 km, 40.000 km e 60.000 km.

Ele considera isso um exagero, mas salienta que, após esse período, os amortecedores duraram muito e a picape já estava com alta quilometragem, no caso 250.000 km. Não relatou se fez outra troca antes disso.

Outros acusam ainda batidas secas na coluna de direção e a troca de barras estabilizadoras. Alguns casos apontaram filtro de combustível entupido, o que gerou prejuízo em quem já estava fora da garantia.

Aspectos que muitos reclamam

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Alguns donos de L200 relataram a desconexão do tubo da turbina, o que ocasiona perda imediata de potência e torque, assim como consumo elevadíssimo e altíssima emissão de poluentes, produzindo a temível fumaça preta.

Num dos relatos, aparentemente algo quebrou no tubo de alimentação e por isso a peça (não especificada) demorou três meses para chegar.

Além disso, também apontam que a Mitsubishi L200 apresente em alguns casos, oscilação no medidor de combustível ou mesmo seu travamento, ampliado com a falta de computador de bordo nos modelos mais antigos, algo amplamente criticado pelos donos.

Outro criticam a caixa automática de quatro marchas da geração anterior da L200 Triton. Esta limita a performance e aumenta o consumo. No caso do consumo, as maiores queixas não ficam para as versões flex, mas estranhamente para o diesel.

A média relatada por alguns donos de L200 diesel é de 9 km/l, com nenhum consumo de estrada passando de 10 km/l. No caso do flex, o consumo variava de 4,5 km/l a 6,5 km/l, o que para alguns era o esperado, em virtude do peso do carro e também da concepção do motor.

Algo quase unanime é a reclamação de suspensão dura. Muitos relataram batidas secas no conjunto traseiro e de forma geral, que o conforto não é bom. Isso porque outros somaram essa característica ao fato do banco traseiro ser duro e reto demais, gerando desconforto em viagens.

Um dos proprietários apontou que a densidade da espuma foi alterada a partir de 2014, gerando mais desconforto. A posição de dirigir é considerada ruim por outros, que reclamam da falta de espaço para condutores altos.

Também falam que a caçamba não tem tranca e que os cintos de segurança dianteiros fazem barulho durante a condução.

No geral

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A Mitsubishi L200 tem poucos relatos de rejeição do produto.

Mesmo alguns que apontaram diversas ocorrências ou mesmo críticas em relação ao acabamento, equipamentos, entre outros, acabaram alegando que a picape japonesa ainda valia a pena.

A alta quilometragem foi observada em relatos com ausência de defeitos e problemas, apenas manutenção preventiva, indicando que a picape da Mitsubishi dá pouca manutenção, conforme vários sentenciaram no fim de seus depoimentos ou postagens sobre o produto.

A L200 teve quatro chamadas de recall desde 2011 e nenhum dos itens foi relatado pelos clientes, sendo eles mangueira do reservatório de gasolina (flex), trava do capô, alça de retensão da trava do capô e airbag do motorista, o famoso problema da japonesa Takata, que afetou milhões de carros em todo o mundo.

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    Autor: Ricardo de Oliveira

    Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X