Renault Fluence – conheça seus defeitos

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O Renault Fluence foi um sedã médio fabricado na Argentina entre 2010 e 2017, tendo sido o sucessor do Mégane Sedan anterior e o carro topo de linha nacional da marca francesa.

Com um bom conjunto, o Fluence uniu o motor 2.0 16V com transmissão CVT, algo que a marca não fez em produtos posteriores, como no caso de Duster e Captur, por exemplo.

Além disso, o Renault Fluence teve uma versão local turbinada, que destacou mais o produto, inclusive com propaganda estrelada pelo saudoso Paul Walker.

O sedã médio teve motor 2.0 de 140 cavalos na gasolina e 143 cavalos no etanol, além da versão GT com um 2.0 Turbo de 180 cavalos e 30,6 kgfm, mas com câmbio devidamente manual.

O que os donos reclamam? Eles relatam principalmente defeitos nas colunas B, assim com ruídos no acabamento, na coluna de direção e em alguns componentes das portas.

Problemas de pintura e em relação à parte elétrica também não são raros. Relatos ainda falam de ruídos no câmbio CVT, bem como durabilidade dos componentes da suspensão.

Problemas na coluna central

Entre os defeitos e problemas do Renault Fluence, de acordo com seus donos, a solda das colunas centrais da carroceria é tida como algo crônico no sedã médio francês, que teve diversas implicações.

Muitos donos relataram estalos vindos das colunas B, especialmente próximo do motorista. Bastava passar em desnível para se ouvir ruídos metálicos vindos da estrutura do carro.

Vários depoimentos falam desse ruído e a necessidade de um reparo profundo na rede autorizada. Este defeito foi uma falha no processo produtivo, onde um problema na solda das colunas com o assoalho provocava o ruído.

Para resolver o problema, o carro precisava ser desmontado por dentro, soldado novamente, repintado e remontado. Muitos fizeram isso ao constatar o grave problema, porém, com o carro ficando bem mais de um mês na revenda.

A Renault nunca fez o recall desse problema, que foi reparado na garantia em muitos casos, mas nem todos conseguiram e teve até alguns que estavam tão ruins, que não havia como realizar o reparo e houve até troca de veículos.

Materiais e pintura de baixa qualidade

Renault Fluence 2012–16 3

Embora fosse um sedã médio e ainda mais o carro mais completo da marca, o Renault Fluence tem relatos de defeitos e problemas com materiais de baixa qualidade, incluindo a pintura.

Alguns donos reclamaram de várias falhas na pintura do carro, incluindo até uma repintura que teria sido feita fora da fábrica, sendo que o veículo fora comprado novo.

Outros falam de variações na tonalidade e até resíduos do processo de pintura sobre a carroceria, o que denota falta de atenção na inspeção de qualidade. Nesses casos, a reparação geralmente não fica boa e os donos se queixam bastante, afinal, a estética de um carro caro deveria ser condizente.

Também alguns reclamam da qualidade dos materiais internos do Renault Fluence. Um dos pontos que mais chama atenção são os casos de volante em couro que se descasca de forma anormal, tendo sido verificado em carros de único dono e com baixa quilometragem.

O mesmo em relação aos materiais plásticos do interior, que produzem ruídos de acabamento, incluindo colunas e mesmo o painel. Barulhos nas portas também não são raros e alguns foram atribuídos às máquinas dos vidros.

Coluna de direção

Na coluna de direção, porém, o problema era mecânico. Esta provocava ruídos, descritos até como de um moedor de carne. Vários donos tiveram de fazer reparação nesse sistema, que chegou a ser completamente trocado em outros.

Os ruídos na direção também provocaram mais dor de cabeça na reparação na rede autorizada, geralmente defeitos adicionais.

Falando em ruídos, um barulho nos freios tem sua descrição por alguns donos coincidentemente semelhante. Eles descrevem que, ao se dar ré no Fluence, um ruído metálico nos freios faz lembrar um ônibus.

Teve cliente que não resolveu o problema e a rede autorizada disse que o sistema de freios estava normal.

Outros defeitos

Front panel Renault Fluence 2012–16

Ainda na questão de ruído, associado com alerta falso, o Renault Fluence tem relatos de proprietários que reclamaram do tanquinho de combustível (no caso, gasolina) para partida a frio.

Alguns falam que o pequeno reservatório foi mal fixado e gerava ruídos dentro do cofre do motor, chegando mesmo a ser necessária sua substituição. Nas revendas, o normal era um reaperto do mesmo.

Fora isso, existem relatos ainda referentes a outro problema desse tanquinho, um sensor de nível de gasolina, que acende no painel indicando falha ou baixo nível de combustível, quando na verdade não há.

Falando em avisos, alertas de falhas nos airbags do motorista e passageiros ocorrem também, muitas vezes sendo necessário reparação e substituição de sensores internos.

Existem relatos de falhas eletrônicas e panes elétricas no Fluence, com desativação dos principais componentes e do motor. Defeitos também nos vidros elétricos já foram relatados igualmente.

Em relação às lanternas traseiras, são frequentes os casos de curto no fio terra do conjunto ótico traseiro, que muitas vezes é confundido apenas com uma queima de lâmpada.

De fato, alguns chegaram mesmo a ter que trocar também lâmpadas da traseira, assim como também dos faróis. Os piscas também são afetados.

Em anos recentes, as reclamações em relação ao Renault Fluence continuaram em sites como o Reclame Aqui. Uma delas, que ocorre diversas vezes, é em relação à dificuldade de encontrar peças, seja para serviços pequenos ou problemas maiores.

O câmbio automático, já citado nessa matéria, continua sendo uma dor de cabeça para alguns proprietários. Além disso, uma quantidade considerável reclama em relação ao rádio/multimídia, que não tem atualizações ou apresenta defeitos repentinos.

Câmbio CVT e suspensão

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Não há relatos de defeitos e problemas nos motores do Renault Fluence, porém, o CVT tem casos de superaquecimento com alertas e entrada em modo de segurança.

Alguns reclamam ainda de ruídos dessa caixa de polias e correias da Nissan, que ocorrem em rotações altas. O Sentra da mesma época também tem relatos de problemas nesse câmbio.

Já na parte da suspensão, alguns donos criticam a durabilidade dos componentes, sendo obrigados a trocar amortecedores com poucos quilômetros rodados. Estes geralmente eram feitos na rede autorizada, mediante garantia.

Contudo, alguns tiveram o problema repetido ainda nesse prazo e a Renault não quis substituir ou teve que ser feito diante de reclamações públicas.

Buchas, batentes, coxins ou bieletas antes de 60.000 km são frequentes nos depoimentos. Existem casos de desgaste prematuro de pneus, com substituição dos mesmos e até do eixo traseiro.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X