Toyota Etios – Problemas com infiltração de água e poeira na cabine, além da embreagem fraca

Lançado em setembro de 2012, o Toyota Etios era o atual automóvel mais em conta da fabricante japonesa no mercado brasileiro.

De fato, o Etios herda boas características de seus irmãos maiores. Embora seja um carro compacto projetado para mercados emergentes com o intuito de ser barato na linha de produção, ele se sobressai pela robustez, dirigibilidade impecável, motorização eficiente e segurança digna de nota.

Por outro lado, o Toyota Etios é alvo de reclamações por parte de uma série de seus proprietários. Entre os relatos, muitos motoristas reclamam de infiltração de água na cabine do carro e, sobretudo, do sistema de embreagem que se desgasta após rodar poucos quilômetros.

Com base em reclamações registradas em fóruns e clubes do carro; separamos abaixo os principais defeitos crônicos do carro. Confira!

Infiltração de água e poeira na cabine

Este é, sem dúvidas, um dos problemas mais recorrentes e um dos mais graves entre os proprietários do Toyota Etios.

Se você buscar por “Toyota Etios infiltração” no Google, no Reclame Aqui ou em fóruns e grupos exclusivos do modelo na internet, vai se deparar com uma série de relatos de proprietários que já tiveram o desprazer de se deparar com algum ponto com água no interior do carro.

Em um dos relatos, o proprietário de um Toyota Etios Sedan de ano/modelo 2016/2017 já passou por duas vezes por este mesmo problema. Na primeira situação, ele se deparou com uma certa quantidade de água no assoalho no lado do passageiro. Já na segunda vez, a água apareceu no assoalho no lado do motorista.

Em outro caso, um proprietário de um Toyota Etios X adquirido em novembro de 2017 constatou infiltração de água após cinco meses de uso. Segundo ele, no assoalho nas proximidades do banco traseiro há um acúmulo de cerca de 5 centímetros de água.

Há também muitas situações em que a infiltração de água e também de poeira na cabine surge após alguma modificação no carro, como a instalação de um sistema de som ou ainda do módulo antiesmagamento para os vidros elétricos, por exemplo.

A Toyota acaba alegando que se trata de um mau serviço realizado por alguma outra empresa; e pode nem corrigir o defeito em garantia caso o equipamento tenha sido instalado fora da concessionária.

Porém, seria muita coincidência aparecer infiltração ao instalar qualquer equipamento tendo alguma falha de montagem no processo, não?

Na visão de proprietários, trata-se de uma falha de projeto do Toyota Etios. Na realidade, o compacto deveria ostentar uma quantidade maior de borrachas de vedação nas portas; para que não haja esse problema e ainda solucione alguns outros incômodos; como a sensação de batida “seca” das portas.

Além disso, as entradas de ar das portas são “enormes”, permitindo uma entrada ainda maior de água e poeira.

Sistema de embreagem com baixa durabilidade

Outro problema que parece ser crônico do Toyota Etios é o sistema de embreagem com durabilidade abaixo do esperado. A vida útil de uma embreagem é de, aproximadamente, 100 mil quilômetros, desde que o condutor utilize o sistema de transmissão da maneira correta e faça as revisões periódicas.

Entretanto, no caso do compacto da marca japonesa, muitos proprietários precisaram realizar a troca do conjunto antes mesmo dos 50 mil km rodados.

Normalmente, o Etios começa a dar sinais de que o sistema de embreagem está “indo para o saco” quando o pedal de embreagem começa a ficar duro demais. Além disso, ele pode ranger e trepidar, indicando alguma anomalia no sistema.

Em um dos relatos, o proprietário de um Toyota Etios Sedan XS 2015/2016 enfrentou tal problema após somente 12 mil km rodados. Ele encaminhou o carro até uma concessionária, onde eles apenas lubrificaram o sistema.

Após menos de uma semana, o veículo precisou retornar à oficina devido a uma trepidação extrema na embreagem ao tentar arrancar com a primeira marcha.

E depois de alguns dias com insistência por parte do cliente, a Toyota constatou o desgaste prematuro do sistema de embreagem “por questões técnicas de qualidade do produto” e trocou o conjunto.

Esse problema aparentemente foi solucionado na linha 2017 do Toyota Etios, que estreou em abril de 2016 com acionamento hidráulico da embreagem e ainda o câmbio com seis marchas.

Nos exemplares anteriores o problema é recorrente pois a embreagem é acionada por cabo, uma solução um tanto quanto antiga.

Ruídos e suspensão dianteira com curso curto

Como em boa parte dos compactos, o Etios também costuma apresentar ruídos. Entretanto, neste caso a situação é um pouco mais grave. Ainda seguindo os proprietários, o modelo pode apresentar um barulho na suspensão, sobretudo na parte dianteira.

Em um dos relatos, um Etios 2014 com 55 mil quilômetros rodados começou a apresentar um ruído na suspensão dianteira do lado direito. Numa oficina, o mecânico substituiu toda a suspensão dianteira; incluindo as balanças, mas o problema continuou.

Em outro caso, o proprietário de um Toyota Etios 2017/2018 com menos de 4 mil quilômetros rodados relatou que costuma ouvir um pequeno barulho na suspensão dianteira ao passar por ruas desniveladas.

Na realidade, o ruído pode não vim nem da suspensão, mas sim de outros componentes no conjunto, como as pastilhas de freio. Porém, na visão de um cliente da marca; um dos motivos pode ser um desgaste mínimo no calço de borracha entre o amortecedor e a lataria.

Além disso, os donos do Etios reclamam do curso curto demais na suspensão dianteira. Ao passar por lombadas ou buracos, por exemplo, o conjunto emite um barulho seco. O problema é mais recorrente no lado direito.

Na maioria dos casos a Toyota ou outra oficina não conseguiu corrigir o problema. A recomendação de muitos proprietários é passar por lombadas numa velocidade mais baixa.

Ruídos internos

Além de ruídos na suspensão, o Toyota Etios também costuma apresentar ruídos de acabamento interno. São diversos os problemas com barulhos internos relatados por proprietários.

Em um deles, um dono de um Etios XS 1.5 AT 2018 já ouvia barulhos no painel, nos bancos e nas duas portas traseiras com somente 50 km rodados.

Há ainda relatos de barulhos constantes nas saídas de ar, nos vidros das janelas quando abertos, na tampa do porta-malas, na tampa do porta-luvas, entre outros. Em muitos casos, a concessionária corrigiu o problema apertando alguns parafusos ou ainda instalando um feltro antirruído, sobretudo no painel.

Tampa do porta-malas desalinhada e de fechamento difícil

Se você não se considera uma pessoa muito forte e está pensando em adquirir um Etios; pode ser que o porta-malas do compacto seja um problema para você. Conforme mostra o relato de proprietários em um grupo no Facebook, o compacto tem a tampa do porta-malas um tanto quanto desalinha que exige uma certa força extra para ser fechada corretamente.

Além disso, em muitas vezes a tampa não consegue ser fechada por completo, impedindo o travamento de todas as portas do carro através do telecomando na chave e fazendo ainda com que a luz do teto fique acesa constantemente, já que o veículo detecta que alguma das cinco portas está aberta.

De acordo com um relato, um vendedor da Toyota comentou que se trata de uma característica “comum” em todos os Etios e que seria necessário aplicar sempre um pouco mais de força na tampa para fecha-la corretamente.

Porém, conforme o uso, os usuários repararam que a tampa do porta-malas costuma ficar mais “macia” para ser fechada, mas ainda assim demandando um esforço maior, ainda mais em comparação com outros carros da mesma categoria.

Regulagem do banco não “segura” a altura

Antes de sair de linha, o Toyota Etios vinha de fábrica com regulagem de altura do banco do motorista desde a versão mais básica. Entretanto, conforme mostram os relatos de muitos proprietários, este sistema é um tanto quanto ineficiente e não cumpre a sua real função.

Em um dos casos, um Etios com somente três semanas de uso e 2 mil quilômetros rodados começou a apresentar tal problema. Ao regular o banco do motorista e utilizar o carro por algum tempo, o assento simplesmente volta para a posição original, fazendo com que o condutor tenha que reajustar a altura a todo momento.

Um dos proprietários reclamou na concessionária e a marca se prontificou a substituir toda a estrutura do banco em garantia. Entretanto, em outro caso de um veículo já fora da garantia, a marca pediu cerca de R$ 1,5 mil para substituir toda a estrutura do banco.