Calço hidráulico: o que é, como resolver?

manutenção motor 2

Um dos problemas mais temidos em um automóvel é o chamado “calço hidráulico”. Ele é responsável por muita dor de cabeça e prejuízos enormes para os proprietários, cujos veículos acabam em situação ou defeito que leva a este caso.

Por isso, esse artigo pretende responder à questão: Calço hidráulico: o que é, como resolver?

Calço hidráulico: o que é, como resolver?

Água e combustível: esses dois líquidos são os responsáveis pelo calço hidráulico. Basicamente, o problema citado consiste na entrada de água ou ingressão de combustível dentro da câmara de combustão, ou seja, dentro do motor.

Isso acaba impedindo a compressão da mistura ar-combustível pelo pistão, provocando o travamento abrupto do mesmo e o empenamento ou ruptura da biela, sendo o segundo mais provável em motores modernos.

Se o calço hidráulico ocorrer em marcha lenta ou baixa rotação, o motor provavelmente vai apenas parar de funcionar. Entretanto, se for em giros mais altos, não só pistão, biela, bronzinas e virabrequim serão afetados, mas também cárter, cabeçote e até mesmo o bloco, podendo o mesmo rachar com a avaria gerada com o travamento.

Existe ainda um terceiro elemento que também pode provocar o calço hidráulico, o óleo lubrificante. Esse caso é ainda mais raro, mas sua entrada na câmara, através de um anel quebrado, provoca a queima do mesmo, sendo bem perceptível pela fumaça preta no escape.

Em outro caso, a passagem de óleo na junta acaba em contato com a água do sistema de refrigeração e, com a pressão desta, se mistura com o lubrificante e gera outros problemas.

Junta de cabeçote

junta cabeçote

A junta de cabeçote é um revestimento adicionado entre cabeçote e bloco, feito para isolar as passagens de água e óleo entre estas duas partes do motor e também o mesmo em relação às câmaras de combustão dos cilindros.

A queima dessa junta pode permitir a entrada de água no cilindro, caindo a mesma sobre o pistão. No momento da partida, o pistão vai travar e a biela empena ou quebra, porém, não é somente isso. O próprio pistão pode ser avariado, assim como bronzinas e o virabrequim.

O apodrecimento da junta, mais frequente em motores muito velhos ou que estão parados há bastante tempo, também permite a entrada de água ou óleo.

Para resolver isso, a recomendação básica é, antes de ligar o motor, retirar as velas e acionar a ignição. O movimento do pistão empurrará o líquido presente na câmara para fora, retirando o excesso de água ou combustível.

No entanto, a melhor solução é a substituição da junta. Se o calço hidráulico ocorrer em alta rotação, infelizmente os danos ao motor serão catastróficos.

Combustível

bico injetor

No caso do combustível, embora o mesmo seja pulverizado dentro da câmara, pode também gerar um calço hidráulico. Nesse caso, ocorre através de um ou mais bicos injetores que travam abertos.

Assim, o combustível em sua forma líquida jorrará para dentro do compartimento onde ocorre a combustão. Nesse caso, com o cilindro cheio de combustível, o pistão também não conseguirá comprimir a mistura ar-combustível e ocorrerá seu travamento.

Se for descoberto o ingresso de combustível dentro da câmara, a recomendação é a mesma da água: retirar a(s) vela(s) e dar partida para que o líquido seja expelido. No caso do bico injetor travado, todos devem ser retirados e testados para se verificar qual deles está com problemas e assim providenciar sua limpeza ou substituição.

Geralmente, as falhas no funcionamento do motor podem indicar o travamento do injetor. Em termos de rotação, o mesmo vale em relação à água. Quanto maior o giro, pior será para o motor.

Enchente

alagamento carro

Em caso de transposição de vias com alagamento, a entrada de ar do motor, dependendo da posição, pode admitir água. Esta passará pelo filtro de ar e poderá atingir a injeção ou carburador, ingressando dentro da câmara de combustão através do coletor.

Nesse caso, se estiver em baixa rotação, o motor para e não se deve dar a partida, buscando um socorro mecânico e oficina especializada, aliás, o que deve ser feito em qualquer caso, se o dono de fato não for mecânico.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X