Carretinha reboque: preço, qual CNH pode, modelos 2024

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Transportar todo tipo de material no automóvel nem sempre dá, por isso, no mercado, existem modelos de carretinha reboque que se adaptam bem aos carros e são bem práticos.

Contudo, não basta apenas comprar esse pequeno veículo, é preciso estar apto a rebocá-lo, assim como atender corretamente à legislação para não ser autuado ou, pior, ter o veículo apreendido.

Além disso, deve-se escolher o modelo ideal de carretinha para levar o que se precisa, desde que dimensionado para seu automóvel.

Carretinha reboque – o que é?

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A carretinha reboque é um tipo de veículo para os mais variados usos, sendo geralmente pequeno e podendo ter até dois eixos, adaptados para transportar vários objetos diferentes.

Basicamente uma carretinha de reboque é constituída de um chassi tubular de aço, com um ou dois eixos, de confecção simples, porém, robusta.

Esse eixo é apoiado por uma suspensão igualmente simples, dotada de feixe de molas semielípticas ou parabólicas, com barra estabilizadora e braços de apoio.

Uma carretinha pode ou não ter freio próprio, com o primeiro atendendo um peso máximo determinado por lei, contudo, independente disso, precisa portar iluminação completa.

Nesse caso, é obrigatório dispor de lanternas completas, com luz noturna, piscas, luz de freio e luz de ré.

Carretinha reboque – modelos

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Existem tipos de carretinha reboque que transportam até outros veículos, como barcos, kart, motocicletas e bicicletas, por exemplo, assim como outras cargas e até animais.

Muitos no Brasil utilizam carretinhas para pequenos serviços, como transporte particular de pequenas mudanças.

Além disso, podem ter carrocerias abertas ou fechadas, plataformas para veículos ou serviços, entre outros.

Alguns modelos possuem capota marítima, outros são fechados, feitos de aço, alumínio ou madeira, mas também existem os que são feitos em fibra de vidro.

O mais popular é a carretinha metálica, com caçamba imitando uma similar de picape, mas com para-lamas destacados e alça de engate triangular.

Também existe a carretinha de animais, geralmente feita de madeira, ainda que hajam modelos em aço ou alumínio, com cobertura curvada e áreas abertas para ventilação e bem-estar dos animais.

Esse tipo de reboque tem porta dupla para acesso do animal, que pode ser preso por arreios no interior da carretinha, que tem quase que obrigatoriamente dois eixos.

Para barcos, a carretinha geralmente é mais longa com um suporte para acomodar o casco, que precisa ser rebocado para cima do reboque por meio de um cabo de aço, com carretilha na frente do veículo.

Com esse sistema, o reboque é inclinado na margem da água, desenrolando-se o cabo para que o barco possa deslizar até a água, refazendo o processo para subir.

Carretinha reboque – tamanho

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A carretinha reboque pode ser construída em vários tipos de tamanhos de oficinas, desde artesanais até industriais, porém, esse tipo de veículo precisa respeitar alguns limites impostos pela lei.

De acordo com o CTB, a carretinha precisa respeitar limites de tamanho e capacidade de carga, tornando-se assim legal perante às regras e evitando que o proprietário seja autuado.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o reboque não tem um comprimento exatamente estipulado, porém, o conjunto combinado de veículo automotor e reboque não pode exceder 19,80 m.

Na largura, o limite é de 2,60 m, sendo este o mesmo imposto a caminhões e ônibus, por exemplo.

Já a altura não pode ultrapassar 4,40 m, que é também o limite para carretas e ônibus de um ou dois andares.

Por fim, o balanço traseiro, que é a distância entre o para-choque e o eixo traseiro, não pode ultrapassar 3,50 m.

Carretinha reboque – como devo carregar?

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Uma carretinha reboque precisa respeitar as regras sobre peso, que associadas com o peso do automóvel , gerará o PBT ou Peso Bruto Total.

Por isso, antes de mais nada, é importante pesar todo o material que irá na carretinha e distribuí-lo corretamente na caçamba.

Isso evita que o deslocamento ou desnível altere o centro de gravidade do reboque e desestabilize o automóvel.

Por isso, a maneira mais fácil de cumprir a regra é distribuir a carga de forma homogênea ou concentrar a maior parte da carga na frente da carretinha, ou seja, a parte mais próxima do engate no carro.

Evite também empilhar a carga em excesso, assim como centrar o maior peso no assoalho da carreta e não mais acima, visto que isso alterará a estabilidade do reboque.

Para amarrar a carga é preciso usar cintas de poliéster ou corrente, visto que cordas são proibidas, exceto se for para amarrar a lona de proteção da carga.

Como já citado, o peso do reboque está descrito no documento do veículo com o engate e, nesse o CRLV, que tem o peso máximo que o automóvel comporta.

No entanto, se a carretinha tem freio próprio ou não, os pesos permitidos diferem e estarão no Manual do Proprietário, tal como as pressões para calibrar os pneus devem ser especificadas pelo fabricante do reboque.

As carretinhas são práticas e devem ser usadas apenas para os propósitos estabelecidos para sua compra, como para transportar mercadorias ou mudanças, animais, barcos, motos, carros (com apoio das rodas dianteiras), entre outras finalidades.

Carretinha reboque – preços e documentação

Os preços da carretinha reboque variam muito como já dito, mas no mercado geralmente o valor fica em torno de R$ 5 mil, por um veículo com chassi de aço tubular, caçamba de madeira e engate.

Para motos, os preços começam em R$ 4.000, enquanto as carretinhas com dois eixos começam em média a partir de R$ 6.000.

Isso já inclui rodas, pneus, suspensão, iluminação, suporte de placa, chicote elétrico e demais itens obrigatório por lei.

O que é preciso para legalizar uma carretinha?

Após a compra, é necessário proceder com a documentação do reboque junto ao Detran do estado de registro.

Os documentos necessários para o processo de regularização incluem nota fiscal do fabricante do reboque (até 30 dias da emissão), assim como documento de identificação pessoal do proprietário, CPF e comprovante de endereço de até três meses).

Todos os documentos e notas acima precisam ser originais e ter uma cópia impressa simples.

Depois disso, o próximo passo é preencher um formulário do Renavam com duas vias, apresentar o decalque original do número do chassi do reboque e comprovante de impostos e taxas obrigatórias.

Se for usado, de débitos como multas, tributos ou encargos pendentes.

Caso o proprietário não possa proceder com a documentação do reboque, ele pode nomear um procurador, representante legal da pessoa jurídica ou um parente próximo, que pode ser pai, mãe, irmãos ou filhos.

O documento emitido, o CRV – Certificado de Registro de Veículo – só será alterado com a transferência do reboque, mudança de domicílio do proprietário ou alteração significativa no veículo.

A carretinha reboque então terá uma placa de registro do veículo e ela deverá atender pelo novo padrão do Mercosul, sendo devidamente instalada e iluminada.

Além disso, é preciso portar sempre o documento do reboque impresso e/ou através de sua forma digital, exibindo-a pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito, sendo em ambos devidamente licenciado para o ano vigente.

Carretinha reboque – CNH

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Para conduzir veículo com carretinha reboque é necessário alguns requisitos da CNH, a Carteira Nacional de Habilitação.

Pelo CTB, Código de Trânsito Brasileiro, o condutor de um veículo com reboque até 3.500 kg de PBT, peso bruto total, pode rodar com a CNH categoria B.

Caso exceda esse peso, até 6.000 kg é permitido conduzir com CNH categoria C, não podendo exceder esse peso, caso contrário, será necessário CNH categoria E.

Deve-se lembrar que o PBT considerado é a soma dos pesos do carro e da carretinha, implicando em fazer um cálculo de peso antes da viagem.

Carretinha reboque – quem pode usar?

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Qualquer motorista habilitado pode usar uma carretinha reboque, mas somente se o automóvel tiver o engate apropriado.

Nesse caso, o engate com bola é o mais usado, sendo este preso à plataforma ou chassi do veículo automotor e com a devida fiação elétrica ligada.

Em caso de irregularidade, o engate gera multa de R$ 195,23 por ser uma infração grave e cinco pontos na CNH.

Além disso, o automóvel tem uma capacidade própria de reboque, que vem especificada no manual do veículo, sem freio próprio e com freio próprio.

No caso do primeiro, o peso rebocado é menor, justamente pela falta do sistema de freios.

No próprio documento do veículo, o CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo – vem especificado a capacidade de reboque do veículo.

Carretinha reboque – legislação

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A legislação obriga que a carretinha reboque tenha os seguintes itens básicos:

  • para-choque traseiro;
  • protetores das rodas traseiras;
  • lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
  • freios de estacionamento e de serviço, com comandos independentes, para veículos com capacidade superior a 750 quilogramas e produzidos a partir de 1997;
  • lanternas de freio, de cor vermelha;
  • iluminação de placa traseira;
  • lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor âmbar ou vermelha;
  • pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
  • lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando suas dimensões assim o exigirem.

Outro ponto que precisa ser observado é que a carretinha reboque presa ao veículo automotor, muda a categorização deste último, que passa de “veículo leve” para “veículo pesado”.

Isso implica em algumas coisas, entre elas o limite de velocidade, considerada nas estradas a de veículos pesados e, por exemplo, 90 km/h em estradas onde o limite para veículos leves é de 100/110/120 km/h.

Assim, o carro com reboque se equipara a uma carreta pesada nesse caso, por exemplo, contudo, apenas para fins de fiscalização.

Outro ponto é que, com um eixo a mais, paga-se mais pelo pedágio e um adicional por eixo, se a carretinha tiver mais de um.

Contudo, os proprietários de carretinha reboque estão isentos do pagamento de DPVAT – o seguro contra danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre – e do IPVA, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.

Carretinha reboque – fotos

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X