Chery Tiggo 7 – Reclamações sobre consumo alto e acabamento com ruídos

caoa chery tiggo 7 2024 caoa santos (1)
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O Tiggo 7 foi trazido para o Brasil para ser um concorrente do Jeep Compass no segmento das SUVs, sendo mais sofisticado que o Tiggo 5x e também maior, se posicionando, na época, como o modelo mais caro da montadora (até a estreia do Tiggo 8), é uma opção em alta no mercado de usados, pois já é possível encontrar unidades por preços mais acessíveis. Se você está pensando em adquirir um, ou só está curioso sobre o modelo, fique de olho nos pontos abaixo.

Lançado em 2019, o modelo trouxe a mesma mecânica do irmão Tiggo 5x 2024 , o motor 1.5 turbo com 150 cv e 21,4 kgfm de torque, que, acoplado ao câmbio automatizado de 6 velocidades e 2 embreagens, rendia aceleração de 0 a 100 km/h em pouco mais de 11s e velocidade final de 180 km/h.

Acompanha multimídia, câmera 360, teto solar panorâmico, sensor de estacionamento, ar-condicionado digital dual-zone, piloto automático, painel digital e mais alguns opcionais, é um carro bem completo, mas quais são os problemas e reclamações do modelo? Abaixo listamos os principais:

Tudo sobre o Tiggo 7 Pro 2024.

Volante sem ajuste de profundidade

Apesar do custo elevado, o Tiggo 7 só possui regulagem de altura no volante, sem a regulagem de profundidade, o que limita um pouco o motorista a achar a posição ideal de dirigir.

Ruídos internos

Tiggo 7 002

O acabamento não é ruim, mas ainda assim apresenta ruído em alguns pontos, em especial na forração das portas e painel, sendo um dos pontos negativos mais citados pelos consumidores, com o tempo o barulho pode incomodar então teste com atenção e, se possível em uma rua com piso ruim.

Consumo poderia ser melhor

O consumo do Tiggo 7 está longe de ser exemplar, com médias menores que 7 km/l na cidade e 9 km/l na estrada rodando no etanol e 9,5 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada rodando na gasolina, dentro da cidade ele é até eficiente, o problema maior é na estrada pois não há um salto considerável de autonomia em relação à cidade, em grande parte pelo ajuste de motor e câmbio para atender ao peso do veículo.

Multimidia difícil de enxergar

Em determinadas situações, especialmente com o sol de frente, fica difícil enxergar o que está na tela da central multimídia.

Turbina demora a atuar

A demora da turbina em atuar, também conhecido como “turbo lag” é um ponto comum de reclamação, fazendo com que o carro tenha que reduzir a marcha com mais frequência para “encher” a turbina, isso era mais comum em carros turbo antigos, hoje os motores mais modernos como os TSI da VW praticamente não possuem essa característica, que pode ser um pouco incômoda e aumentar o consumo do carro.

Desempenho razoável

Tanto no quesito aceleração, quanto no quesito velocidade final, o Tiggo 7 tem um desempenho somente “OK”, não empolgando muito em nenhuma das duas condições, apesar de ter uma suspensão independente com bom ajuste, que poderia lidar com um desempenho superior.

Preço de peças

Apesar de não ser um carro com peças astronomicamente caras, o Tiggo 7 tem um certo custo para manter, por exemplo faróis custa R$ 1.500,00 cada, lanternas R$ 800,00 cada e para-choque dianteiro mais R$ 2.000,00, isso no mercado paralelo, as concessionárias costumam cobrar um pouco a mais que isso.

Atenção ao câmbio de dupla embreagem

O câmbio automatizado de dupla embreagem aplicado no Tiggo 7 pode causar altos prejuízos se der problema, seja por manutenção negligenciada, mau uso ou simplesmente desgaste, quando isso acontece, esses câmbios são bem caros para arrumar, com alguns problemas ultrapassando os R$ 10.000,00 para corrigir, por isso eu recomendo atenção a esse componente, ficando atento a trancos nas trocas de marcha ou marchas patinando.

Conclusão

Tiggo 7 001

O Tiggo 7 é uma boa opção no segmento, tendo um desempenho razoável, mas que não perde muito para os rivais de mesmo ano, se o seu foco não for desempenho ele pode ser a melhor opção, sendo inclusive mais em conta que a concorrência.

A boa aceitação da marca está facilitando a revenda e atenuando a desvalorização, o que era um problema a ser considerado há não muito tempo atrás, hoje passa a ser mais uma preocupação, mas que não impede a compra do carro.

Não se mostrou um carro problemático como muitos gostavam de dizer, mas, como qualquer outro carro, tiveram unidades problemáticas, porém parecem ser casos pontuais.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.