Seguindo a onda de carros elétricos, híbridos e montadoras chinesas no Brasil, a GWM trouxe o Haval H6, seu SUV de porte grande, design arrojado e preço convidativo.
Disponível nas versões GT, HEV2 e PHEV34, com diferenças de preço significativas entre elas, a HEV2 é de entrada.
Fique de olho nos detalhes do Haval H6 HEV2.
Partindo de R$ 214.000,00 a versão HEV2 vem de série com:
Abertura do porta-malas com sistema “free-hands”, sensor de chuva, teto solar panorâmico elétrico, bancos revestidos em couro ecológico, bancos dianteiros com ajuste elétrico e ventilação, volante multifuncional revestido em couro, retrovisor interno antiofuscante automático, ar Condicionado “dual zone”, 6 airbags, ABS, controle de tração e estabilidade, sensores de estacionamento, câmera 360°, frenagem autônoma, piloto automático adaptativo, assistente de mudança e manutenção de faixa, multimídia de 12,3” com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, 4G, 8 alto-falantes, cluster digital de 10,25”, carregador de celular e mais.
Conjunto acelera bem, mas morre em alta
Dos três irmão, o H6 HEV2 é o mais lento, mas nem por isso é moroso, muito pelo contrário.
O motor turbo 1.5 com injeção direta, somado ao conjunto eletrificado, rendem ótimos 243 cv e 54 kgfm de torque, que poderia significar um ótimo desempenho, mas não é bem assim.
Com seus 1.700 kg, o H6 acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 8s, mas tem sua velocidade máxima de 175 km/h, igual ao de um Honda City, por exemplo.
A Tiguan 350 TSI, quando ainda entregava todo seu potencial, com seus 1.785 kg, 220 cv e 35,7 kgfm de torque, entregava um 0 a 100 km/h em 6,8s e tinha velocidade máxima de 223 km/h.
Ou seja, mais pesada, menos potente e andava mais.
O Tiggo 8 Max Drive, somente com o motor 1.6 turbo, entrega 0 a 100 km/h na casa dos 9s e velocidade máxima de 180 km/h.
Mas você pode estar pensando, então o consumo deve ser excepcional, não é?
Bom… é bom, mas nem tanto.
Somente na gasolina, ele faz 13,8 km/l na cidade e 12 km/l na rodovia.
Na cidade são números maravilhosos para um SUV, na rodovia já não é tudo isso, apesar de ganhar de seus rivais não híbridos, não compensa a diferença de desempenho.
Interior tecnológico
Apesar de agradável, tendo duas telas, o painel do H6 parece muita coisa, menos um carro, quase como uma mesa de escritório.
A forma como a tela que simula o cluster foi colocada, não remete a um painel automotivo, não tem molduras, somente um rebaixo e um encaixe.
O volante é bonito, lembra vagamente volante de pick-up grande, como a RAM, e tem botões multifuncionais, que permitem a interação com multimídia, controle de funções e do cockpit.
A multimídia se destaca do painel, sobrando bastante para cima, seguindo algumas tendências, tornam um pouco mais moderno o visual, sem precisar esticar o painel, mas não encaixa tão bem.
O console central é bastante trabalhado, com vários detalhes plásticos e em couro ecológico, e tem alguns botões de controle, a seletora do câmbio e o freio eletrônico de estacionamento.
O formato do painel é quase minimalista, com áreas lisas, costuras marcadas difusores de ar disfarçados.
As forrações de porta tem um desenho agradável, com diversos detalhes, acabamentos e um toque gostoso.
O teto solar panorâmico é amplo, e agrada até aqueles que não gostam muito do acessório.
Os bancos, em couro ecológico, são bonitos, não chamam muita atenção (e nem deveriam), ao contrários do BYD Song Plus.
O porta-malas é amplo e não deve faltar espaço numa viagem em família.
Visual agrada
É impossível passar por um Haval H6 e não ouvir alguém comentar sobre seu visual, normalmente elogiando-o (especialemente a versão GT).
Seu grande estaque está na lanterna traseira, que é unificada, com uma grande linha percorrendo toda a extensão da parte de trás do carro.
Tem um design de fato interessante, com as pontas, que chegam até a lateral, chanfradas, correm até logo depois da tampa do porta-malas, e fecham o ângulo até chegar à reta que às liga.
A tampa do porta-malas é um pouco abaulada, que passa a impressão que o carro está com a “traseira empinada”, esse é outro ponto que faz com que visual do H6 tenha personalidade.
As rodas pintadas de preto brilhante não chamam a atenção, eventualmente poderiam caprichar bem mais no design delas.
O aerofólio salta um pouco da porção superior da tampa do porta-malas, mas sem exagero.
Visto de lado, o H6 traz esportividade, com vincos marcados, especialmente na porção inferior das portas, além de uma caixa de roda relativamente grande e teto levemente caído, que acaba no mencionado aerofólio.
Essas características tiram o aspecto “quadrado” que as SUVs passam.
De frente, a GWM usou e abusou das linhas e entalhes cromados nas grades, que formam um efeito interessante, mas já visto em outros modelos asiáticos.
Os faróis são bonitos, sem grandes destaques.
O milha é recoberto por um acabamento preto, que tem desenho diferenciado, ligando-o à grade inferior, que também tem detalhes marcados, porém mais discretos.
O capô é amplo, com vincos marcados nas pontas, trazendo um pouco de imponência e esportividade para a frente.
Em tendência de alta nas vendas
Em 2023 já esteve entre os 17 SUVs mais emplacados, o que é um feito notável para um carro chinês, híbrido e novo no mercado.
Seria um grande acerto da GWM ou um sinal de novos ares soprando no nosso mercado? Só o tempo irá dizer.
No acumulado de 2024 já saltou para a décima quinta posição, com 3.843 unidades emplacadas esse ano.
À frente de Taos, Commander, SW4, Tiggo 8, ZR-V e mais.
Tem opcionais interessantes, bom desempenho e consumo urbano, e pode surpreender no mercado, se a GWM acertar a mão em alguns pontos.
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