Piloto automático na estrada ajuda no consumo?

piloto automatico cruise control

Piloto automático realmente economiza combustível?

O piloto automático foi concebido para proporcionar o máximo de conforto ao motorista, ainda mais em viagens mais longas, e não para poupar combustível, já que a intenção do recurso é manter a velocidade constante independente das condições da via.

Para tal, há alguns recursos extras, como o start/stop, que consegue desligar o motor em paradas curtas, como em semáforos.

Sendo assim, dá para dizer que o piloto automático não diminui o consumo de combustível. Pode até mesmo acabar por aumentando esse gasto.

Isso acontece pois numa situação com subida mais íngreme, por exemplo, obriga o sistema a aumentar a aceleração para tentar manter a velocidade pré-definida pelo motorista, elevando a rotação do motor e, consequentemente, aumentando o consumo do veículo.

Já com o piloto automático desativado e o motorista controlando o pedal do acelerador, ele conseguirá aproveitar o embalo do automóvel para enfrentar o aclive sem tanto esforço, numa atuação mais inteligente que o sistema do carro.

Fizemos uma lista com os carros mais baratos com piloto automático, confira.

Carro com consumo elevado: o que fazer? (12 dicas)

Experiência de leitor indica consumo pior na estrada com piloto automático

Publicamos abaixo o texto do leitor Leonardo, que tem um Hyundai Azera e notou que o uso do piloto automático na estrada faz com que o consumo de seu carro seja maior. Acompanhe:

Meu nome é Leonardo N. Carvalho, tenho 32 anos e atualmente (ainda) possuo um Hyundai Azera 3.3 V6, câmbio automático com seis marchas, ano 2010, modelo 2011, com 265 cv (segundo a CAOA), embora eu desconfie deste dado.

Como é de conhecimento de todos, trata-se de um veículo bem gastador. Por esta razão, escrevo o presente texto, buscando apenas informar como atualmente tenho conseguido melhorar os consumos urbano e rodoviário, embora eu não seja nenhum expert no assunto.

Logo que adquiri o automóvel, há cerca de três anos, acabei assustado com o exagerado consumo, mesmo já tendo um prévio conhecimento. No dia a dia do intenso trânsito urbano, o consumo ficava entre 4 e 5 km/l, e o rodoviário entre 8,0 e 9,0 km/l.

É claro que também contava o fato de ser uma novidade eu trafegar num veículo bem mais potente que meu automóvel anterior, um VW Polo hatch 1.6. Assim, acabava sempre pisando mais que o necessário, empolgado com a novidade.

Hoje em dia, no trânsito pesado de Goiânia, cidade onde moro, a média de consumo tem sido de 6 a 6,5 km/l. Quando não estou com pressa, chego a conseguir 7 km/l.

Em certa ocasião, trafegando na cidade de Brasília/DF, em meio de semana, consegui registrar 8,3 km/l. Para isso, tenho sempre trafegado com pneus devidamente calibrados, manutenção em dia e quase sempre com o ar-condicionado ligado.

Talvez a explicação para essa melhora no consumo tenha sido, além da quilometragem estar maior, o fato de que quase sempre tenho me antecipado às situações do anda e para da cidade, evitando atrapalhar o motorista que vem atrás de mim e acelerando apenas o necessário até o próximo semáforo que vai fechar.

Observo sempre que quando estou em cerca de 60 km/h numa via e o carro já embalado, o câmbio automático dele já fica em 6ª marcha, com cerca de 1000 rpm, com o consumo instantâneo quase zerando em reta ou zerando quando pega uma leve descida.

Agora o que eu mais aprendi com este veículo, e que talvez sirva de exemplo aos companheiros deste blog, foi a economizar no consumo rodoviário.

Inicialmente passei a trafegar em rodovia no piloto automático. Colocava entre 120 e 140 km/h, dependendo da rodovia e condições de tráfego, deixando o câmbio em “Drive”, e apenas ia controlando a aproximação com outros veículos.

Passei a perceber que sempre que pegava uma subida razoável, o câmbio ia pra quinta marcha, demorando a retornar pra sexta, elevando assim o consumo.

Como o Azera possui o modo sequencial na própria alavanca, passei a deixar desse modo, ou seja, na velocidade que eu desejo, ele sempre permanece em sexta marcha. Assim, somente quando é realmente necessário que eu reduzo pra quinta marcha e retorno pra sexta marcha logo que possível.

Comecei a observar posteriormente que nem sempre trafegar com o piloto automático era tão econômico assim, pois quando se está numa descida longa, o carro tende a ganhar velocidade, sendo que no piloto automático o veículo fica freando, sendo necessária maior aceleração na subida seguinte.

Passei portanto a deixar de viajar com piloto automático ligado, percebendo que o gasto com combustível diminuiu.

No entanto, ainda uso bastante o piloto automático, principalmente nas vias onde há muita fiscalização de velocidade (Rodovia Anhanguera, por exemplo), sendo extremamente útil tal função nos automóveis, bem como é uma forma de se cansar menos na condução em longas viagens.

Finalmente, acrescento que outro fator que muito ajuda em estrada na economia de combustível é dirigir com o pé direito descalço. A sensibilidade no pedal do acelerador é muito maior, fazendo com que se possa pressionar apenas o necessário para uma velocidade de cruzeiro.

Para quem nunca dirigiu assim, com o contato descalço com o acelerador dá para notar muito mais o motor, evitando gastos desnecessários.

Hoje, quando viajo em pistas duplas, sem trânsito pesado e com a velocidade média em cerca de 120 km/h, consigo atingir até 12,5 km/l, sendo óbvio que, quanto mais peso no automóvel e piores condições de tráfego, a média de consumo diminui consideravelmente.

Espero ter ajudado com estas dicas, esclarecendo novamente que estou bem longe de ser um expert neste assunto, e quem sabe com os comentários dos colegas eu consiga obter algumas dicas também importantes.

Em breve estarei trocando de automóvel e antes de vender este pretendo enviar um post com as impressões do meu automóvel, buscando fornecer o maior número de informações detalhadas possíveis.

Abraço a todos.

volkswagen nivus piloto automatico

E o piloto automático adaptativo? É mais eficiente?

Se você é um pouco mais ligado a automóveis mais caros e sofisticados, provavelmente já deve ter se deparado com o piloto automático adaptativo na lista de equipamentos de muitos deles.

Como o próprio nome indica, trata-se de uma versão do sistema que consegue se adaptar de acordo com as condições de trânsito, promovendo acelerações e frenagens de acordo com o veículo que trafega à frente. Isso tudo com o uso de sensores instalados em diversos pontos da carroceria do seu automóvel.

O piloto automático adaptativo se ajusta automaticamente à velocidade, sem a intervenção do motorista, para manter uma distância segura em relação ao veículo da frente.

Caso haja um veículo mais lento, o sistema reduz a velocidade automaticamente. Se a pista está livre e com os demais veículos trafegando numa velocidade mais alta, retorna para a velocidade definida inicialmente.

No entanto, ainda não há comprovações por parte dos fabricantes a respeito de um consumo de combustível maior ou menor com o piloto automático adaptativo em relação ao sistema convencional.

Acreditamos que não haja uma diferença significativa no consumo, até porque no piloto automático tradicional, o motorista precisará fazer os reajustes de velocidade quando necessário para evitar qualquer colisão.

Ou seja, a versão adaptativa do item apenas faz o que o condutor precisaria fazer com o sistema normal.

Entre os carros mais em conta equipados com tal item, temos o Volkswagen Nivus, Hyundai Creta, também o Vw Taos, Toyota Corolla e Jeep Compass, entre outros. O mais barato deles custa na faixa dos R$ 108 mil.

Como funciona o piloto automático num carro manual?

É certo que o piloto automático acaba sendo “mais inteligente” num automóvel equipado com transmissão automática. Afinal, neste caso o câmbio troca as marchas automaticamente para manter a velocidade, sobretudo numa subida mais íngreme.

Entretanto, num veículo com câmbio manual, ao precisar fazer uma troca de marcha, o motorista precisará (obviamente) acionar o pedal de embreagem.

Esta operação provavelmente irá desativar o piloto automático, obrigando o condutor a reativar e reprogramar o recurso após realizar a passagem de marcha.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.