Fiat Uno – veja quais são seus problemas

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O Fiat Uno é um carro compacto que surgiu originalmente em 1984 no Brasil, sendo à época um projeto revolucionário, que aproveitava todo o espaço possível em seu pequeno porte.

Apesar das baixas vendas no começo, o Fiat Uno só começou a chamar a atenção mesmo a partir de 1990, quando inaugurou o segmento dos chamados carros populares no Brasil, sendo equipado com um fraco motor 1.0.

O tempo foi passando e o Fiat Uno foi se modernizando, ganhando ajustes na suspensão dianteira, painel novo e visual atualizado. Na mecânica, o motor Fire foi outro avanço, pois acabou de vez com o pouco amado Fiasa.

No fim dos anos 90, perdeu importância com a chegada do Palio, que praticamente o sucedeu. Como ainda tinha muitos fãs e boas vendas por causa do preço, continuou como opção de acesso.

Mas será que nessa segunda geração, seus problemas e defeitos superam as qualidades? Vejamos nesse artigo:

Motor fraco e câmbio impreciso

Na segunda geração do Fiat Uno, duas coisas relacionadas com a mecânica são mais indicadas como defeitos pelos seus proprietários. Uma delas é o motor Fire Evo 1.0. O propulsor de quatro cilindros da marca italiana é tido como “fraco”, seja nas saídas e retomadas.

Um dos relatos diz que abaixo de 2.000 rpm, ele simplesmente não tem força para mover o carro como se deve.

Os donos reclamam que subidas são muito ruins com o Fiat Uno 1.0, sendo necessário o uso de reduções constantes para que ele possa cumprir com um mínimo de desempenho. Nas retomadas, apesar do tamanho e peso do carro, o Fire Evo 1.0 não dá conta do recado, segundo alguns.

A situação é bem diferente em relação ao motor Firefly 1.0, que é tido como uma vantagem a bordo do carro.

Muitos dizem que é necessário rotações altas para o Fire Evo 1.0 prover um desempenho aceitável, mas falam que perto de 4.000 rpm, o nível de ruído é elevado demais. O caso é diferente do Fire Evo 1.4, que é tido como um pouco melhor, mas sem ajuda de um câmbio mais bem escalonado, acaba falhando em sua missão.

Outro item recorrente de reclamações é o câmbio. A maioria relata imprecisão nas trocas, buracos entre as marchas e engates difíceis. Não há relatos de quebra de câmbio e nem de motor, mas a opinião de muitos donos é a de que ambos não conversam e assim a condução fica prejudicada.

Alguns falam em dificuldade para ultrapassar, pois precisam reduzir demais para fazer o mesmo ou ficam sem força quando é mais necessário, nesse caso.

Ainda no conjunto motriz, donos de Fiat Uno reclamam de barulhos no motor e “grilos” com ele funcionando frio. A embreagem é outro ponto que o carro fica devendo na opinião dos donos que relataram problemas, pois vários relatos falam da “quebra do cabo da embreagem” e com pouca quilometragem.

Um relato fala de troca do cabo aos 20 mil km e troca do conjunto de embreagem aos 35 mil km.

Consumo alto

O Fiat Uno de segunda geração (veja também Projeção: Fiat Uno de terceira geração) não é tido como um carro econômico por muitos proprietários.

Os relatos de consumos com etanol entre 6 e 7 km/litro na cidade são fáceis de encontrar e até mesmo com 8 km/litro de gasolina na mesma situação.

Há relatos de média de 11 km/litro na gasolina. Os reclamantes dizem que para um motor 1.0, o Fire Evo bebe demais.

Parte elétrica

Na parte elétrica, um defeito recorrente em vários modelos da Fiat, como já relatamos aqui, é o alarme. Mesmo em carros de avaliação, ele dispara sem motivo e dá erro, indicando arrombamento. Nos relatos, proprietários dizem que o Fiat Uno fica simplesmente aberto quando ocorre erro no dispositivo.

Os faróis de neblina que queimam com facilidade é outro item de reclamação, assim como o sistema de áudio com instalação mal feita, dificuldade em acessar funcionalidades e até o não desligamento do mesmo com o carro travado. A conexão Bluetooth também é criticada.

Ainda na parte elétrica, um problema que aparece em unidades do Fiat Uno é a durabilidade da bateria. Em um dos relatos, ela teve de ser trocada com menos de um ano de uso do carro. Vários relatam trocas de bateria com baixa quilometragem. Nas concessionárias, não se fala em solução para o problema.

No ar-condicionado, a parte elétrica até não tem dado problemas, mas o evaporador que acumula água e molha o interior é relatado por clientes da marca. Um deles disse que o dispositivo, no caso do ar-quente, teve de ser isolado. Também reclama-se que a capacidade de gelar é ruim.

Fragilidade do acabamento

Muitos donos de Fiat Uno são unanimes em relação à pouca qualidade do acabamento. Cometam que os materiais são frágeis, quebrando facilmente. Um relato fala em três trocas de maçanetas internas em menos de 60 mil km. Hastes de setas, maçanetas externas, manivelas dos vidros, descamação de revestimentos e peças do acabamento.

Há também pessoas de relatam defeitos nas travas das portas, em especial nas das entradas traseiras. Um deles disse que é preciso abrir as portas por dentro para acessar o interior, a fim de retirar o filho na cadeira infantil, mesmo com a trava de criança liberada.

Mesmo para travas as portas traseiras é difícil em vários carros, mas comentam que não se trata de desalinhamento, indicando assim as fechaduras. Uma porta traseira teve de ser arrumada três vezes por causa de um cabo solto, segundo um relato.

Igualmente falam da dificuldade em fechar o porta-malas, inclusive com borrachas saindo de seus locais.  A vedação das borrachas é criticada e alguns falam em entrada de água no interior. A pintura é outro motivo de reclamação, visto que alguns dizem que é muito frágil e risca facilmente. Outros falam do Fiat Uno ser entregue já com riscos.

Barulhos e ruídos

Por fim, como se não bastasse, o Fiat Uno é uma fonte de barulhos e ruídos incômodos, segundos muitos donos. Desde o ruído de vento até o chacoalhar de peças e revestimentos internos, comenta-se que o barulho interno é elevado. Um relato diz que parece que o carro vai se “desmontar”.

Isolamento acústico deficiente e direção com ruídos também são mencionados.

Muitos dizem que trocaram vários itens que estavam gerando ruído, mas que eles geralmente voltam. Tudo estaria relacionado com a baixa qualidade de construção dos componentes internos do Fiat Uno, que acabam incomodando muitos donos, mesmo com baixa quilometragem.

Veja também tudo sobre a versão Uno Way

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X