TOP 10: Os melhores carros esportivos antigos do Brasil

chevrolet opala ss

O Brasil já teve diversos modelos esportivos no passado, dentre os considerados carros antigos, mas atualmente modelos nacionais e populares com essa pegada são raríssimos.

Durante o período entre 1976 e 1990, o país ficou literalmente fechado para importações. Quem queria um carro considerado esportivo tinha algumas opções por aqui e quase todos são celebrados até hoje.

Antigamente, dizia-se que um carro era esportivo quando, além do visual personalizado e exclusivo, trazia também alguma melhoria ou ajuste mecânico que fazia o carro entregar mais performance, dentro e fora das pistas, pois geralmente muitos deles acabaram indo para os campeonatos de marcas.

Alguns tinham desempenho modesto, mas aceitável para a época. Outros, no entanto, eram verdadeiros muscle cars. Em tempos não tão distantes, usou-se a eletrônica para se obter um desempenho melhor.

Escolher 10 carros esportivos antigos entre os diversos clássicos do passado não é fácil. Levar para o lado dos números de performance não significa honrar muitos dos feitos daqueles que nem eram tão potentes assim, mas agradaram gerações ao volante.

Veja também: Top 10 carros esportivos compactos importados dos anos 90

1) Willys Interlagos

willys interlagos

Em 1961, a Willys Overland do Brasil iniciou a produção de um belo cupê baseado na mecânica do velho Gordini, uma variação do Renault Dauphne da década anterior. De linhas atraentes até hoje, o modelo era uma versão nacional do Renault Alpine A108.

Por conta da mecânica, ele não tinham uma performance realmente esportiva, mas oferecia característica desse segmento, sendo considerado o primeiro do tipo feito no Brasil.

Seu pequenino motor traseiro teve de 845 cm3 a 1.0 litro, indo dos iniciais 42 cavalos até 70 cavalos. Ficou famoso nas pistas brasileiras.

TOP 10: Os melhores muscle cars antigos de todos os tempos

2) Brasinca Uirapuru

brasinca uirapuru

A Brasinca ficou conhecida posteriormente pelas picapes fora-de-série e outros implementos automotivos. Em 1964, ela também chamou atenção pelo Uirapuru, considerado o primeiro carro verdadeiramente esportivo do Brasil, que alcançava 200 km/h.

Feito em chapas de aço e com estrutura própria, o cupê esportivo tinha motor GM 4.2 de seis cilindros, que originalmente entregava 155 cavalos. Durou pouco, até 1967, já sob o controle da STV, chegando a ter 180 cavalos e alcançando a 230 km/h.

Teve apenas 77 exemplares feitos num curto período.

3) Puma GTE

puma gt 1

Em 1968, surgiu o Puma GT, que era baseado na mecânica DKW e que posteriormente ganhou motor VW, mas foi rebatizado de GTE em 1970 e conquistou o Brasil com seu estilo italiano e mecânica confiável.

A base era Volkswagen 1600 a ar e sua carroceria de fibra de vidro o tornava um carro bem leve, ágil e até econômico. Essa variante vendeu 8,8 mil unidades e junto com o GTS, que é a versão conversível, emplacou quase 16 mil unidades só nos anos 70.

Continuou nos anos 80 como GTI e GTC (conversível). Com o AM4, ganhou os anos 90, mas com motor VW 1.8 a água.

4) Chevrolet Opala SS

chevrolet opala ss

Lançado em 1968, o Chevrolet Opala – um modelo nacional baseado no Opel Rekord – vinha com um interessante seis cilindros em linha de 3.8 litros, mas logo o novo 4.1 assumiu a posição de topo de linha no começo dos anos 70 e assim perdurou durante mais de 20 anos.

Em 1971, a GM decidiu colocar uma versão esportiva para rivalizar com outro bólido da época, feito pela Chrysler. O Opala SS surgiu com o 4.1 de 130 cavalos e vinha com visual dotado de faixas decorativas pretas, volante esportivo, câmbio no assoalho e outras exclusividades.

Formou o trio mais potente do mercado nos anos 70 com Dodge Charger R/T e Ford Mustang GT.

5) Dodge Charger R/T

dodge charger rt 1977

Primeiro muscle car brasileiro, feito pela Chrysler nos anos 70, o Dodge Charger R/T foi um dos mais desejados do Brasil e trazia ao mercado seu icônico motor V8 de 318 polegadas cúbicas, o 5.2 que durou décadas nos EUA.

O enorme cupê americano era oferecido com nada menos que 215 cavalos. Apesar de utilizar a carroceria do Dart de 1969, o bólido estava em dia com a esportividade da época, sendo o modelo mais vendido da marca até 1978.

Em 1980, saiu de cena, mas seu 318 continuou nos caminhões Volkswagen e depois retornou na picape Dodge Dakota, nos anos 90.

6) Volkswagen SP2

volkswagen sp2 1

Em 1972, a Volkswagen começava a produção de um cupê de estilo esportivo, que hoje é um clássico raro e histórico dentro do grupo VW.

O modelo foi de grande importância para a filial brasileira, pois mostrava a enorme independência em relação à matriz, tendo inclusive exportado para a Europa em torno de 670 carros.

Com base na Variant e dotado de motores boxer 1600 (SP1) e 1700 (SP2), logo o segundo se tornou o mais popular, com 75 cavalos, embora de desempenho modesto. Seu estilo é celebrado ainda hoje.

Durou até 1976 e foi contemporâneo do primo Karmann-Ghia TC, outro esportivo da via Anchieta.

7) Ford Maverick GT

ford maverick gt

Outro muscle car brasileiro foi o Ford Maverick GT. Lançado em 1973, o cupê herdava características de seu equivalente americano e um vistoso V8 302 com 4.950 cm3, que entrega líquidos 140 cavalos e brutos 199 cavalos.

Com câmbio de cinco marchas, fazia de 0 a 100 km/h em pouco mais de 10 segundos. Se tornou o grande rival do Charger R/T e do Opala SS. Posteriormente, o kit Quadrijet elevava a potência para líquidos 185 cavalos e o esportivo chegou a cravar 6,5 segundos até 100 km/h em um teste de revista da época.

Teve seu fim em 1979, mas o modelo vendeu mais de 100 mil unidades.

8) Ford Escort XR3

ford escort xr3 ayrton senna

Lançado em 1983 como um carro global, o Ford Escort trouxe para o Brasil uma versão esportiva, que se tornou bem popular, a XR3. Seu motor era o singelo CHT 1.6 com modificações mecânicas (carburador duplo, comando esportivo e escape modificado), mas seu desempenho era fraco, entregando 83 cavalos com álcool.

De mecânica limitada, ele tinha estilo de sobra, especialmente na versão conversível, seu grande diferencial que surgiu em 1985. Era feita pela Karmann-Ghia e se tornou o primeiro de fábrica no Brasil.

Naturalmente evoluiu de motor (VW 1.8 de 97 cavalos) e geração (com VW 2.0 de 116 cavalos).

9) Volkswagen Gol GTI

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Em 1984, a Volkswagen lançava o Gol GT para salvar o carro que viria a ser líder por 27 anos no país. Depois este evoluiu para o GTS em 1987, mas mantendo o AP 1.8 S com 99 cavalos declarados (embora se soubesse que tinha mais de 105 cavalos).

Em 1988, porém, surgiu o ícone Gol GTI. Com motor AP 2000, foi o primeiro carro nacional com injeção eletrônica, entregando 120 cavalos. Em um tom de azul chamativo, o esportivo da VW é cultuado até os dias atuais e tinha evidentemente uma performance bem melhor que o famoso GTS.

Ele evoluiu para a segunda geração e chegou a ter 145,5 cavalos no GTI 16V dos anos 90.

10) Fiat Uno Turbo i.e.

Fiat Uno Turbo

Se o GTI foi o primeiro injetado, o Uno Turbo i.e. foi o primeiro turbinado de fábrica. O pequeno esportivo surgiu em 1994 e colocou o popular italiano em um patamar de desempenho que muitos sonhavam, visto que a versão existia na Europa desde 1985.

Com motor 1.4 (1.372 cm3) turbinado e com injeção eletrônica, o hot hatch tinha 118 cavalos e permitia ao carro ir de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos. A Fiat dava até curso de pilotagem para os compradores.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X