VW Santana – Defeitos e Problemas

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O VW Santana foi um sedã de luxo que fez sucesso no mercado nacional e foi alvo de cobiça de toda uma geração.

Tinha mecânica moderna e robusta, bom desempenho e opcionais, até então, inéditos na linha VW.

O modelo tem uma legião de fãs, mas será que vale a pena comprar um nos dias de hoje?

Fique de olho no nosso texto, vamos trazer os problemas e defeitos do Santana.

O Santana estreou na década de 80, e nesse período teve os motores 1.8 e 2.0, ainda carburados.

O famoso AP motor 2.0 a álcool carburado rendia 112 cv e 17,3 kgfm de torque, com aceleração de 0 a 100 km/h na casa dos 11 s e velocidade máxima de 182 km/h.

Posteriormente foi lançada a versão 2.0 com injeção eletrônica, que aumentou a potência para 125 cv e 19,5 kgfm de torque, reduzindo o tempo de 0 a 100 km/h para 10 s.

O motor 1.8 recebeu o sistema de injeção eletrônica posteriormente, apresentando 99 cv e 15,5 kgfm de torque.

Teve versões com câmbio automático, ABS, ar-condicionado, direção hidráulica, teto solar e possuía bom nível de acabamento e conforto.

Se você pensa em comprar um Santana, mas quer saber os principais problemas que ele apresenta, fizemos esse resumo pra te ajudar a decidir e avaliar uma unidade usada ou seminova.

Abaixo os principais pontos de reclamação dos donos e defeitos apresentados:

Carburador dá trabalho

Os motores carburados foram responsáveis por diversos marcos e carros icônicos, além de serem saudosos e divertidos para mexer, porém isso só é legal para quem tem esse hobby.

Se você quer um carro para o dia-a-dia, que não de trabalho e esteja sempre em pleno funcionamento, dificilmente vai conseguir isso com um carburador.

O sistema suja, desregula e até desgasta com mais frequência que a injeção eletrônica, precisando de regulagens e reparos com certa frequência.

Carros que apresentarem cheiro forte de combustível, “engasgadas” ao acelerar bruscamente e dificuldade na partida, podem estar com problema nesse componente.

Infiltrações de água

Um problema frequente do Santana é a infiltração de água, que faz com que o carro fique cheirando mofo.

Os principais focos são no porta-malas, portas, vidros e para-brisas.

Procure por manchas nos acabamentos e suspeite de carros com cheiro acentuado de mofo.

Trincas no túnel

Existem unidades com trincas entre o túnel e a parede corta fogo, que muitos atribuem a carro rebaixados ou com a potência alterada.

Procure por sinais de trinca ou solda nessa região, que é estrutural e preferencialmente deve estar em perfeitas condições.

Acabamento interno é difícil de achar

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As peças plásticas de painel, forração, apoio de braço e etc., se quebram com certa facilidade e são difíceis de achar novas.

Normalmente só são encontradas em desmanches e podem ter o valor bem alto.

Dê uma boa olhada no interior do carro, em busca de peças quebradas e até faltantes.

Barulhos internos

O Santana era um carro muito silencioso para a época, em especial quando novo.

Porém com o passar do tempo, diversas peças de acabamento vão se soltando e tendo suas fixações quebradas, elevando o nível de ruído do carro.

Consumo elevado

Isso vale para todas as versões, mas é mais grave nas versões 1.8, pois o carro bebe bastante, mas não dá um bom desempenho em troca.

Com médias na casa dos 6 km/l na cidade e 9 km/l na estrada, rodando no álcool, não é absurdamente beberrão, mas também não é exemplar.

Câmbio automático obsoleto

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Unidades com o câmbio automático de 3 velocidades apresentam consumo elevado e baixo desempenho, devido ao projeto defasado do câmbio.

As trocas são demasiadamente lentas e o fato de não ter pelo menos uma quarta marcha, faz com que a rotação não fique muito na faixa ideal entre consumo e desempenho.

Suspensão muito macia

O ajuste e a altura da suspensão fazem com que o carro fique muito mole e instável em curvas, não passando segurança para o proprietário.

O projeto visa conforto em detrimento do desempenho.

Conclusão

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O VW Santana é um carro com mecânica extremamente robusta, que se bem cuidada não apresenta problemas graves no longo prazo.

Procure uma unidade de procedência, de preferencia que nunca tenha sido muito preparada ou rebaixada, pois a estrutura do carro é um tanto quanto frágil e modificações causam trincas na estrutura.

Com o tempo de uso, diversos acabamentos se quebram e são difíceis e caros de encontrar, olhe atentamente para eles.

Unidades equipadas com carburador dão mais trabalho e apresentam maior consumo e menor desempenho se comparadas com as injetadas.

Praticamente todo Santana sofre ou sofreu com infiltrações de água, mas esse é um problema relativamente fácil de resolver.

Por ser um carro antigo, apresenta algumas características que dificultam a utilização no dia-a-dia, porém nem por isso deixa de ser uma boa compra.

A manutenção é barata e simples, além de ter um desempenho atual, só o consumo deixa a desejar em relação ao desempenho.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.